Negociantes das Nações Unidas iniciaram esta quarta-feira (13) com uma discussão a respeito do abandono de combustíveis fósseis, um dos maiores poluentes na história do planeta. O debate marcou o dia extra da Conferência do Clima da ONU (COP28), que estava marcada para encerrar ontem (12).
“A humanidade finalmente fez o que deveria ter feito há muito, muito tempo”, disse Wopke Hoekstra, o comissário do clima da União Europeia. Essa é a primeira vez em 30 anos que se fala explicitamente sobre diminuição no calor através de ações contra a queima de carvão, petróleo e gás natural.
Sultan Al Jaber, presidente da COP28 e diretor-geral da empresa petrolífera estatal dos Emirados Árabes, aprovou o documento final que firma o acordo para diminuição significativa dos combustíveis fósseis. “É um pacote melhorado e equilibrado, mas não se engane, é um pacote histórico para acelerar a ação climática. É o consenso dos Emirados Árabes Unidos”, afirma.
“Pela primeira vez na história, o nosso acordo final menciona combustíveis fósseis“, complementa o presidente da conferência. O termo, contudo, não abre a palavra “petróleo”, ou seja, apesar de firmar um documento histórico, ainda não há intenção de diminuir a emissão do poluente de forma expressiva – é possível ter essa análise através do documento.
“Esses esforços são necessários para acabar com o maior problema climático da humanidade: os combustíveis fósseis e a poluição que queima o planeta. Embora em Dubai não tenhamos virado a página da era dos combustíveis fósseis, este resultado é o começo do fim”, disse Simon Stiell, secretário do clima das Nações Unidas, que indica que esse acordo é “uma tábua de salvação para a ação climática, não uma linha de chegada”.