4 maneiras de garantir boa gestão logística no agronegócio

Realizar ações de capacitação e ter uma cadeia de suprimentos eficiente são algumas das dicas possíveis

Imagem: jcomp

Em 2023, o PIB do agronegócio brasileiro representou 24% do total do valor nacional, conforme dados do Cepea/Esalq/USP em parceria com a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). Esse número destaca a importância do setor para a economia do Brasil, refletindo seu papel crucial no fornecimento de alimentos, geração de empregos e na balança comercial. O sucesso da logística faz toda a diferença para o resultado final, por isso, de acordo com André Pimenta, CEO da Motz, transportadora digital que facilita e melhora a jornada dos caminhoneiros e dos embarcadores, realizar estratégias para aumentar a segurança de colaboradores e possibilitar uma cadeia de suprimentos eficaz podem ser métodos efetivos para esse fim.

“Já está claro que o agronegócio tem grande influência no desenvolvimento socioeconômico do país, sendo um dos principais fatores para trazer mais produtividade, competitividade e sustentabilidade para as empresas. O investimento na área serve para assegurar que os produtos cheguem aos mercados de forma rápida, segura e em boas condições”, afirma André. Analisando o contexto, o especialista separou 4 maneiras de garantir uma gestão logística eficaz no setor.

  1. Eficiência na cadeia de suprimentos:

“No agronegócio, uma rede de abastecimento ágil e confiável é fundamental para certificar-se que todas as etapas da produção, venda e distribuição de produtos agrícolas ocorram sem grandes intercorrências, e cheguem no destino em um curto espaço de tempo. O fluxo, como na maioria dos mercados, costuma ser composto por várias companhias que atuam em conjunto, e a eficiência de cada uma delas impacta diretamente o sucesso das demais”, reforça Pimenta.

2. Um bom gerenciamento de riscos é primordial:

O transporte de grãos no Brasil é altamente dependente da infraestrutura rodoviária e portuária, com os portos de Santos, Paranaguá e Rio Grande sendo os principais para exportação. A safra de grãos 2024/2025 deve alcançar 323,3 milhões de toneladas, um crescimento de 8,3% em comparação com a anterior, segundo a Embrapa.

É neste contexto que identificar e mitigar os riscos é fundamental para o sucesso do agronegócio. O CEO ainda afirma que “é possível fazer isso por meio da escolha de modais de transporte adequados, da implementação de tecnologias de rastreamento, além da adoção de práticas logísticas qualificadas”.

3. Capacitação de equipe:

Outro dado, desta vez da Associação Brasileira de Logística (ABRALOG), ressalta que a formação contínua dos profissionais da área reduz em até 25% a ocorrência de acidentes.

O número evidencia que o preparo da equipe se torna ainda mais essencial no segmento, já que os produtos do ramo exigem cuidados especiais durante o transporte. “Outros tipos des cargas, como produtos farmacêuticos ou químicos, exigem armazenamento e transporte em temperaturas controladas para manter a integridade e evitar danos. Já cargas secas, como grãos e fertilizantes, requerem proteção contra umidade para prevenir contaminações e perda de qualidade. O treinamento adequado assegura que os profissionais compreendam como gerenciar esses desafios específicos, garantindo o cumprimento dos requisitos de cada tipo de carga e a eficiência logística”, explica o especialista.

4. Tecnologias para monitorar a operação:

“Com a utilização de sistemas avançados, é possível obter visibilidade e controle sobre cada etapa do transporte, o que contribui significativamente para a redução de riscos e erros operacionais”, completa Pimenta.

Pimenta reforça ainda que, com as ações de acompanhamento em tempo real e análise de desempenho dos motoristas por ferramentas tecnológicas, podem não só reduzir riscos, mas também aprimorar a parte operacional, fortalecendo a confiança na empresa e assegurando a competitividade no mercado. “O investimento na logística irá sustentar essa diferenciação perante o segmento, ajudando a fidelizar clientes e possibilitar mais eficiência e sustentabilidade no ramo”, finaliza o CEO.

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