A Inteligência Artificial (IA) está revolucionando a forma como as empresas operam e oferecendo novas perspectivas para melhorar a produtividade e a eficiência dos colaboradores. O estudo da Microsoft “Will AI Fix Work?”, que ouviu 31 mil pessoas em 31 países, mostra que as empresas conseguem aumentar a criatividade das equipes e desbloquear a produtividade dos profissionais com o uso de IA.
Com tecnologias generativas, a inteligência artificial ganhou a capacidade de gerar novos conteúdos por aproximação estatística. Ou seja, chega a novas conclusões, a partir de informações e dados recebidos ou “aprendidos”. “A IA pode ser comparada à um bebê em constante aprendizagem. Foram criados mecanismos pelos quais a tecnologia consegue aprender, muitas vezes sozinha ou com estímulos”, afirma Leandro Berchielli, superintendente de ferramentas na SIS Innov & Tech, empresa de consultoria estratégica de inovação e transformação digital e Tech Hunting.
No âmbito corporativo, o especialista explica que ferramentas, como o ChatGPT, possuem diversas aplicabilidades, principalmente para aumentar a produtividade, tornando-se um assistente virtual no dia a dia dos colaboradores. Mas, para extrair todo o seu potencial, é preciso entender a fundo como direcionar as informações e os comandos. Muitas vezes, perguntas muito simples ou sem os direcionamentos adequados podem resultar em respostas sem contexto ou que não condizem com o esperado.
Berchielli esclarece que, antes de sair fazendo as perguntas, é importante pensar sobre o que se quer, de fato. Também é preciso passar informações específicas e de qualidade, para que a ferramenta de IA possa devolver respostas e insights relevantes. “Esses comandos são chamados de prompts, que funcionam como guias claros que direcionam a ferramenta a processar informações e gerar respostas alinhadas com as intenções do usuário”, diz. Pensando nisso, o executivo elencou nove dicas para melhorar as buscas com IA e aproveitar seu potencial para aumentar a produtividade. Confira:
Clareza: as informações devem ser claras e específicas na pergunta ou instrução. Deve-se evitar ambiguidade, pois isso pode gerar respostas que não atendam às expectativas.
Contextualização: é importante fornecer contexto suficiente para que o modelo entenda o cenário ou o tópico sobre o qual é perguntado. Quanto mais informações, melhor será o retorno da IA.
Formatação e estrutura: não existe um modelo padrão, mas, às vezes, estruturar a pergunta de uma forma particular, como uma lista ou perguntas separadas, pode ajudar a ferramenta a fornecer uma resposta mais organizada.
Comprimento: o “menos é mais” não é o melhor caminho neste caso. Não há problema em fazer um prompt mais longo, se isso for necessário para adicionar clareza e contexto.
Especificação de formato de resposta: se você tiver um formato específico em mente para a resposta, seja tópico, texto corrido, lista, dissertação etc, escreva isso no prompt. Exemplo: “liste três razões para…”. Assim, a resposta virá em lista, em vez de parágrafo.
Evitar viés e assumpções: na inserção das informações, vale atenção com o uso de linguagem que possa embutir um viés ou fazer suposições desnecessárias. Essas questões podem influenciar a resposta do modelo.
Tom: a IA é boa em assumir papéis. A pergunta pode especificar o tom desejável da resposta, já orientando que ela seja em tom formal, informal ou humorístico, por exemplo.
Solicitar fontes: para quem busca informações baseadas em dados ou pesquisa, pode ser útil solicitar que o modelo forneça fontes ou referências.
Iteração e refinamento: se a primeira tentativa de um prompt não produzir os resultados desejados, considere refina-lo com base nos resultados e tente novamente.