O Santander tem a expectativa de desembolsar R$ 2 bilhões durante os cinco dias da Agrishow, feira realizada em Ribeirão Preto, no interior de São Paulo. Esse montante é equivalente aos recursos liberados em 2023. Da quantia total, metade está destinada a investimentos, enquanto a outra metade será direcionada para linhas de curto prazo.
“Não é um momento tranquilo do mercado. Neste ano, as margens estão mais espremidas”, afirmou Ricardo França, superintendente-executivo de agronegócios do Santander. O executivo afirmou que o banco tem procurado antecipar-se a eventuais problemas de pagamentos. Em janeiro, iniciou uma análise de sua carteira de crédito ao agronegócio, avaliando os vencimentos previstos até junho.
Conforme informações apuradas por Alexandre Inacio, do InfoMoney, Ricardo França afirmou esperar que a carteira de crédito rural do banco cresça expressivamente 30% em 2024. O banco encerrou 2023 com R$ 53,7 bilhões em carteira.
Na Credicitrus, a maior cooperativa de crédito do Brasil, o otimismo é um pouco mais elevado. A expectativa é de que sejam liberados R$ 400 milhões em operações durante a Agrishow, representando um crescimento de 15% em comparação ao ano anterior. No entanto, já existem R$ 700 milhões pré-aprovados, caso a demanda resolva surpreender.
Segundo Walmir Segatto, CEO da Credicitrus, a carteira de crédito da cooperativa deve crescer 15% em 2024, apesar do cenário mais difícil. Em 2023, o montante chegou a R$ 6,9 bilhões.