O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, declarou na manhã desta quinta-feira (9) que as medidas do governo federal destinadas ao Rio Grande do Sul serão voltadas para as famílias e empresas. A decisão ocorre devido a tragédia climática que acometeu o estado na última semana, com uma enchente que invadiu cidades inteiras, inclusive Porto Alegre, capital do estado.
A informação foi dada pelo próprio Haddad na saída da esplanada do ministério da Fazenda, antes dele se reunir com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio do Planalto. De acordo com ele, além das medidas, também haverá uma “linha de crédito para municípios”, com foco em amenizar as consequências do temporal que atingiu a região.
“Vamos prestar atenção no que está acontecendo lá. Nós vamos anunciar uma medida importante agora de crédito para empresas, famílias, pequenos agricultores”, disse o ministro. O balanço aponta que 425 cidades foram afetadas pelas tempestades – no total, 107 pessoas morreram e 164 mil ficaram desabrigadas.
Temporais no RS
As chuvas no estado começaram no dia 29 de abril, e ainda atingem a região. Os boletins divulgados pela Polícia Civil apontam que 85% das cidades gaúchas foram afetadas pelo temporal, que derrubou casas, destruiu estradas e colocou construções embaixo d’água. Somente 72 municípios ficaram fora da zona de impacto das chuvas.
Com a falta de água, luz, além de centenas de feridos e serviços públicos paralisados, o governo federal decretou estado de calamidade na região. Por conta da medida, empreendedores gaúchos tiveram as parcelas do Simples Nacional e cobranças de outras dívidas prorrogadas, com foco em amenizar ainda mais as consequências da crise ambiental.