Os preços na Argentina continuam subindo, apesar dos sinais positivos de uma desaceleração econômica. A taxa de inflação anual do país está prevista para se aproximar de 300%.
O governo argentino vai divulgar os dados mais recentes nesta terça-feira (14). A taxa de inflação deve voltar a ficar abaixo de um dígito em abril, pela primeira vez em seis meses. Javier Milei, que assumiu o cargo em 10 de dezembro, tem destacado seu sucesso na redução da inflação mensal. Desde então, a inflação tem diminuído este ano, mesmo após uma desvalorização significativa do peso, que inicialmente desencadeou um aumento na inflação.
Milei promoveu uma dura campanha de austeridade com cortes de custos e procurou absorver a liquidez do mercado, o que foi bem recebido pelos investidores, e ajudou a impulsionar a posição fiscal do governo e impulsionou uma recuperação de ações e títulos.
Com essa estabilidade macroeconômica, os funcionários do Fundo Monetário Internacional (FMI) e as autoridades argentinas chegaram a um acordo sobre a oitava revisão do acordo de US$ 44 bilhões com o país.
O FMI anunciou que a decisão, que resultará em um desembolso de cerca de US$ 800 milhões, está sujeita à aprovação final do conselho de administração do fundo. Essa decisão foi tomada após um desempenho melhor do que o esperado no primeiro trimestre na Argentina.
As autoridades concordaram que a Argentina continuaria a trabalhar para alcançar um equilíbrio fiscal sem financiamento líquido do banco central, disse o FMI. Enquanto isso, a política cambial se tornará mais flexível conforme as condições permitirem, acrescentou.