Dasa e Amil anunciaram oficialmente a criação de uma nova empresa de hospitais, com foco em São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília, que deverá competir diretamente com players importantes como Rede D’Or e Mater Dei. A união dos hospitais de Dasa e Amil foi concretizada nesta sexta-feira, dia 14, após a confirmação das negociações pela companhia da família Bueno na segunda-feira.
Todos os hospitais ficarão sob o guarda-chuva da Ímpar, uma empresa que já pertencia à Dasa e que agora passa a ter controle compartilhado igualmente com a Amil. “Com essa união de forças, a Ímpar passará a ser uma rede de hospitais não verticalizada mais robusta e atraente”, afirmaram as companhias em comunicado.
Dulce Pugliese de Godoy Bueno, da família fundadora da Dasa, assumirá a presidência do conselho de administração, enquanto Lício Tavares Angelo Cintra, atual CEO da Dasa, será o presidente executivo da Ímpar. Na composição do conselho da nova companhia, três membros serão da Amil, três da Dasa, e outros três serão independentes.
A joint-venture das duas companhias resultará em uma rede de 25 hospitais, totalizando mais de 4 mil leitos: 11 hospitais são da Amil, incluindo o renomado Samaritano, e 14 hospitais pertencem à Dasa, como o Nove de Julho e a rede Leforte. Não estão incluídos os hospitais e unidades de oncologia localizados na região Nordeste (Hospital São Domingos, Hospital da Bahia e AMO), assim como os hospitais da Amil na mesma região, conforme previamente informado pelo INSIGHT.
Em 2023, a receita líquida combinada das operações incluídas foi de R$ 9,9 bilhões, sendo R$ 5,7 bilhões provenientes dos ativos da Dasa e R$ 4,2 bilhões dos ativos da Amil. O Ebitda estimado foi de R$ 777 milhões, com R$ 600 milhões provenientes dos ativos da Dasa e R$ 177 milhões dos ativos da Amil.
Para gestores ouvidos pelo INSIGHT, a transação ainda não traz a sinalização de melhora da operacional, uma vez que tanto Dasa quanto Amil têm enfrentado restrições e dificuldade em melhorar as margens de seus negócios. “Ao menos por enquanto, o que se adiciona é complexidade.” A operação está sujeita à aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE).