“Qualquer que seja o lugar em que você ponha o seu dinheiro, é lá que colocará sua energia”. Raj Sisodia e Michael Gelb – livro “Empresas que Curam“).
Segundo o Princípio do Mentalismo (Livro Caibalion e os Princípios Herméticos, de Hermes Trismegisto), tudo começa na mente. Significa dizer que tudo o que pensamos gera fato. Então, pensar na empresa que queremos, também gera um modelo.
Qual o modelo de empresa queremos?
O foco exclusivo no acionista não funcionou, ocasionando 3 crises planetárias (aquecimento global, perda da biodiversidade e poluição) e uma pandemia que gerou outras policrises (sanitária, política, econômica, social).
A questão da desigualdade é crescente e abrange desde o acesso a direitos básicos como, saúde, educação, habitação, saneamento básico, a outros mais complexos como liberdade de expressão, de escolha e satisfação no trabalho.
Ou seja, “O nosso mundo é desigual e está dividido. A fome e a pobreza abundam. O grupo dos 1% mais ricos é responsável pela mesma quantidade de gases com efeito de estufa destruidores do planeta que dois terços da humanidade. Estes não são fatos naturais. São resultados das escolhas da humanidade. E podemos decidir fazer as coisas de forma diferente”, António Guterres, para o Dia Internacional de Nelson Mandela.
Podemos optar por combater o racismo, respeitar os direitos humanos, combater as alterações climáticas e criar um mundo que funcione para toda a humanidade. Cada um de nós pode contribuir – por meio de grandes e de pequenas ações. (ONU, 2024)
O Capitalismo Consciente Brasil é uma instituição que atua na área de educação corporativa e que acredita no poder da iniciativa privada para gerar impacto positivo na sociedade. Seu propósito é acelerar a transformação cultural das empresas brasileiras, capacitando lideranças conscientes para impulsionar mudanças positivas nos negócios. (CCB, 2024).
Já o Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC) tem trabalhado a mais de 25 anos, para conscientizar líderes de empresas, dos mais diversos tipos de organização, de que a boa governança corporativa cria e preserva valor não só para a organização, mas para todos aqueles que, direta ou indiretamente, com ela interagem ou por ela são afetados – os stakeholders.
Com isso, fiel e firme em seu propósito de contribuir para a construção de uma sociedade melhor, por meio da disseminação de princípios e boas práticas de governança corporativa, desde 2020, o IBGC propõe a Agenda Positiva de Governança. Uma agenda que sugere medidas a serem tomadas pelos líderes, apoiadas em 6 pilares: 1. Ética e Integridade; 2. Diversidade e Inclusão; 3. Ambiental e Social; 4. Inovação e Transformação; 5. Transparência e Prestação de Constas e 6. Conselhos do Futuro. (IBGC, 2024).
Ética e integridade como imperativo moral. Diversidade e Inclusão, além de assegurar valor humano fundamental, é fonte de criatividade e longevidade. Ambiental e Social sendo fundamental integrar essas questões ao modelo de negócio, promovendo a articulação com os diversos setores da sociedade. Inovação e Transformação é a base de uma visão de futuro que objetiva o desenvolvimento sustentado da organização, com decisões coerentes com o propósito e a estratégia do negócio. Transparência e Prestação de Contas a partir de um diálogo aberto com as diferentes partes interessadas, identificando interesses, expectativas, a fim de obter confiança e melhores resultados. Conselhos do Futuro, a fim de serem catalisadores de adaptabilidade e da agilidade das organizações, com foco em diversidade e competências socioemocionais, com disposição para questionar, ouvir ativamente, respeitar outras visões, ousar, desaprender e reaprender para explorar novas formas de gerar valor e viabilizar as transformações necessárias. (Agenda Positiva de Governança, IBGC).
E não se esqueça que, um propósito claro inspira, envolve e energiza seus stakeholders. Funcionários, clientes e toda a comunidade confiam e até mesmo amam empresas que têm um propósito inspirador. É ele que norteia a direção e unifica as forças dos líderes, do time e outros stakeholders, além de fornecer sangue vital que percorre a cultura da empresa. (Propósito Maior, CC)
E você, já mentalizou o futuro de sua empresa? O propósito dela, sua razão de existir, está claro a todo o seu time? A diversidade está incluída em seu quadro de colaboradores? Inclusive, nos quadros gerenciais e de liderança, não só em posições sub-representadas? Qual pauta, Objetivo do Desenvolvimento Sustentável sua organização apoia? Sua empresa possui metas e métricas, com prazos definidos para o seu alcance? Você é transparente em seus reportes? Como está sua comunicação com seus stakeholders?
Na era do comportamento, “não é mais o que se faz que o diferencia dos outros, mas como se faz o que faz”. Seidman, 2009.
Referências Bibliográficas:
Capitalismo Consciente Brasil.
Capitalismo Consciente Brasil. Os quatro pilares.
Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC). Agenda Positiva de Governança.
Nações Unidas Brasil. Dia Internacional de Nelson Mandela.
Nova Acrópole Brasil. O Caibalion – Universo Mental – Lúcia Helena Galvão.
Seidman, Dov. Como. Porque o Como Fazer Algo Significa Tudo… Nos Negócios (e na Vida). Editora DVS, 2009.
Sisodia, R.; Gelb, M. J. Empresas que Curam: Despertando a Consciências nos Negócios para ajudar a salvar o mundo. Editora Alta Books, 2020.