Na reunião ministerial de Desenvolvimento do G20, realizada no Rio de Janeiro nesta segunda-feira, 22, ministros brasileiros destacaram a importância da universalização do acesso à água potável e ao saneamento básico.
O ministro das Cidades, Jader Filho, enfatizou a necessidade de um engajamento abrangente, não só nacional, envolvendo os setores público e privado, mas também a comunidade internacional. “Temos consciência de que essa batalha, permitam-me usar essa expressão, será longa e exigirá muito de todos nós, mas ela não pode mais ser postergada”, afirmou.
A reunião, presidida pelo ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, também contou com a presença da ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet. Dados de 2022 apresentados por Jader Filho revelaram que cerca de 30 milhões de brasileiros ainda não têm acesso à água tratada e 90 milhões carecem de serviços de coleta de esgoto. A meta, estabelecida em lei, é universalizar o acesso à água potável e garantir que pelo menos 90% da população tenha acesso a saneamento básico até 2033.
O ministro destacou que, apesar dos avanços nos investimentos nacionais, ainda há um déficit significativo. O novo PAC destinará até 2026 investimentos consideráveis, incluindo US$ 330 milhões para a gestão de resíduos sólidos, US$ 4,92 bilhões para esgotamento sanitário, US$ 2,73 bilhões para drenagem e contenção de encostas, e US$ 2,27 bilhões para abastecimento de água.
Nesta manhã, foram divulgados os documentos acordados para a Reunião Ministerial de Desenvolvimento do G20, incluindo o Chamado à Ação do G20 sobre o Fortalecimento dos Serviços de Água Potável, Saneamento e Higiene.
O documento destaca a necessidade de intensificar a cooperação técnica internacional para os serviços de água, saneamento e higiene, conhecidos pela sigla em inglês WASH. Entre as ações propostas está o apelo para que os membros do G20 aumentem essa colaboração para melhorar a gestão e o acesso a esses serviços essenciais.
Até sexta-feira, 26, haverá uma série de encontros de alto nível entre autoridades da área econômica dos países que formam o bloco, além de eventos com ministros de áreas sociais. Um dos pontos altos será o pré-lançamento da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza.
*Com informações da Agência Brasil