Na última quinta-feira, 01, o dólar encerrou o dia cotado a altos 5,7364 reais, atingindo a maior cotação de fechamento desde 21 de dezembro de 2021, com alta de 1,43% do dia anterior.
No início da semana, 29, especialistas haviam divulgado expectativas para o dólar de R$5,30. Para a projeção de 2025, é esperado, agora, R$5,25, ao invés do antigo R$5,23. Segundo os analistas, decisões sobre juros no Brasil e nos Estados Unidos, investidores com aversão a riscos, eleições controversas na Venezuela e a escalada do conflito no Oriente Médio são chaves para entender o motivo da cotação.
O Comitê de Política Monetária (Copom) manteve os juros básicos da economia em 10,5% e é creditado como um dos motivos do dólar ter aumentado.
“Se o juro não sobe, o que tem que subir é o dólar. Então os operadores estão reestruturando suas posições, e isso acaba impactando no dólar como proteção em um cenário que o BC está bem resistente em subir juros”, diz Beto Saadi, diretor de investimentos da Nomos
Aversão a risco
O alto índice de pedidos de auxílio desemprego no início da semana e uma produção desacelerada apontam para uma economia americana mais fraca. Para Luciano Costa, economista-chefe da Monte Bravo, isso aumenta aversão a risco de investidores.
Soma-se ainda questões geopolíticas. A escalada do conflito no Oriente Médio com o ataque de Israel, em guerra em Gaza com a Palestina, ao Hezbollah, no Líbano. Com isso, o Irã entrou com mais peso na briga, prometendo resposta contra Israel, aumento as tensão e, novamente, a aversão a risco.