O dólar comercial iniciou as negociações nesta sexta-feira cotado a R$ 5,578, queda de 0,81%.
O Banco Central anunciou nesta quinta-feira, 29, após o fechamento dos mercados, que fará um leilão extraordinário de US$ 1,5 bilhão no mercado à vista de câmbio, o que não ocorria desde abril de 2022. Hoje, 30, vencem os contratos mensais de Ptax, pelos quais instituições financeiras fazem suas apostas sobre qual é a taxa de câmbio média do mês.
O aviso de que o BC faria um leilão de dólares veio um dia após o governo apontar o atual diretor de Política Monetária da instituição, Gabriel Galípolo, como sucessor do atual presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto.
Na quinta-feira, o dólar subiu 1,2% e fechou cotado a R$ 5,62, após chegar a ser negociado a R$ 5,66 na cotação máxima do dia. O principal motivo para a valorização do câmbio no Brasil foi a divulgação de indicadores econômicos nos EUA que mostram que a economia americana está mais aquecida do que o previsto – o resultado do PIB dos Estados Unidos no segundo trimestre foi revisado para 3%, acima das projeções de 2,8% dos analistas.
O quadro fiscal do governo brasileiro também traz incertezas ao mercado, pressionando o câmbio. Analistas temem um aumento da dívida pública brasileira e o não cumprimento, pelo governo federal, das metas fiscais.
Além disso, uma mudança num importante índice acionário global tem levado a uma saída de recursos do Brasil. O MSCI, índice do banco Morgan Stanley que é referência para fundos internacionais que aplicam em Bolsas do mundo inteiro, passará a aceitar, na sua composição, ações de empresas brasileiras negociadas no exterior.