A Gol encerrou o mês passado com uma dívida líquida de R$ 28 bilhões, um aumento em comparação aos R$ 25,9 bilhões divulgados no balanço do segundo trimestre, conforme relatório mensal apresentado à Justiça dos Estados Unidos, onde a companhia aérea está em processo de recuperação judicial.
No relatório divulgado nesta sexta-feira, a Gol informou que registrou um prejuízo líquido de R$ 221 milhões em julho, excluindo um impacto negativo de R$ 507 milhões relacionado à variação cambial.
O caixa total da empresa foi de R$ 2,17 bilhões em julho, uma redução em relação aos R$ 2,59 bilhões registrados no final de junho. O resultado operacional no mês passado medido pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) somou R$ 415 milhões, com margem de 23%.
O CFO da Embraer, Antonio Garcia, avalia que a situação nas aéreas não está interferindo no volume de compras de novos aviões, pelo menos até o momento. “A Azul continua comprando. Normalmente, eles adquirem aviões por meio de empresas de leasing, que respondem pela maior parte das nossas entregas deste ano”, disse Garcia.
Vale lembrar que, em janeiro deste ano, a Gol entrou com pedido de Chapter 11 e está atualmente no meio do processo de reestruturação de dívidas nos EUA. Em entrevista a PANROTAS, o CEO da GOL, Celso Ferrer, afirmou que o segundo semestre da empresa será dedicado ao roadshow de propostas para a saída financeira do Chapter 11, que deve ocorrer, segundo ele, no começo de 2025.