A JBS divulgou sua orientação para o ano fiscal de 2024, atendendo a uma solicitação da Comissão de Valores Mobiliários (CVM). A empresa projeta uma receita de US$ 76,5 bilhões e um Ebitda ajustado de US$ 6,25 a 6,75 bilhões, o que resulta em uma margem de 8,2% a 8,8%.
Com base em uma taxa de câmbio média de R$ 5,60 no segundo semestre de 2024, a previsão é de uma receita de R$ 409,4 bilhões e um Ebitda de R$ 33,4 a 36,2 bilhões. Às 10h12 (horário de Brasília) desta terça-feira (17), as ações da JBS estavam em alta de 1,64%, cotadas a R$ 34,14.
O JPMorgan considera que o impulso dos lucros da JBS será positivo no segundo semestre de 2024, sustentado pela melhoria das margens da Seara, forte demanda por carne suína nos EUA, melhor mix de vendas, disponibilidade sólida de gado na Austrália, um real mais fraco e menores custos de ração. O banco acredita que a projeção divulgada reforça sua visão otimista sobre a empresa.
Apesar do desempenho positivo das ações no acumulado do ano, as ações da JBS (JBSS3) estão sendo negociadas a 5 vezes o múltiplo EV (valor da firma)/Ebitda para 2025, o que representa uma desvalorização de 7% em relação à média histórica da empresa e também está abaixo dos múltiplos de seus pares. O BBI considera essa valorização abaixo do esperado como injustificada.
Em relação às recomendações de analistas para as ações da JBS, o Goldman Sachs manteve a recomendação de compra, ajustando o preço-alvo de 12 meses para R$ 40,3, um aumento de 1% em relação ao preço-alvo anterior de R$ $ 39,9. Essa revisão foi baseada em uma avaliação por soma das partes utilizando múltiplos EV/EBITDA inalterados e foi impulsionada por uma projeção de Ebitda mais alta.
O JPMorgan também reiterou sua recomendação de compra, mantendo o preço-alvo de R$ 43. O BBI, por sua vez, manteve a recomendação de compra e elevou seu preço-alvo de R$ 43 para R$ 46, com previsão para o final de 2025.