Construindo sua rede de clientes, o provedor de internet Vianet Telecomunicações percebeu que alguns provedores menores também tinham interesse em sinal de qualidade para atuar no interior do Maranhão e Tocantins. Assim, a empresa estabeleceu uma importante vertente de sua carteira de clientes corporativos, buscando sinal da Eletronet – fornecedora de serviços de alta velocidade em circuitos de longa distância por rede de fibra óptica OPGW – no Ponto de Presença (POP) e distribuindo para outros ISPs menores.
Há dez anos no mercado, a Vianet está sediada em Imperatriz, a 630km da capital São Luís, em uma posição estratégica para atender os estados do Maranhão e Tocantins. A área é formada por grandes distâncias entre pequenas cidades, condição que afastava as grandes distribuidoras, mesmo diante da grande demanda de consumidores comuns, empresas, faculdades e órgãos públicos. “Os provedores de internet (ISPs) tinham muitos problemas em relação à estabilidade de sinal e acabavam tendo que lidar com a decepção dos clientes”, explica Jackson Milhomem, fundador da Vianet.
“Passamos muito tempo tendo problemas com distribuidoras na nossa região. O sinal caía, tinha variação de velocidade. Então em 2018 conhecemos a Eletronet, fechamos contrato e esses problemas ficaram para trás. Nós conhecemos a tranquilidade de ter um sinal bom, resiliente, com velocidade e segurança. Com o tempo, outros provedores perguntaram de onde eu pegava o sinal, porque queriam também. Então percebi uma oportunidade interessante nisso”, relembra o empresário.
Foi assim que Jackson passou não apenas a abastecer clientes finais, empresas e prefeituras em seis cidades, mas a buscar o sinal nos POPs da Eletronet e levar a outros provedores menores que, por dificuldades com a distância ou capacidade financeira, não poderiam arcar com um contrato direto. Hoje a Vianet tem 20 ISPs entre seus clientes corporativos para tráfego e os considera parceiros mesmo que concorram em algumas cidades pelo cliente final. “Tem empresas que até procuram terceirizar a parte da instalação da fibra e do tráfego, para focar só na venda aos clientes, e nós atendemos essa demanda, por isso considero que somos todos parceiros”, acrescenta.
Rede OPGW e demanda escalável
Quando a Vianet fechou seu primeiro contrato com a Eletronet, ainda havia ISPs trabalhando com sinal de internet via rádio em sua área de atuação na fronteira entre as regiões Nordeste e Norte do país, pois era o que chegava por lá. Um item essencial ao sucesso da Vianet naquela região foi a tecnologia OPGW de transporte de dados que compõe a rede da Eletronet, que utiliza o cabo para-raios com um núcleo de fibra óptica instalado no topo de torres de transmissão de energia.
A facilidade de escalar a rede diante do aumento de demanda dos clientes foi outro diferencial da Eletronet que a Vianet soube aproveitar, especialmente no biênio 2020-2021, quando os consumidores precisaram transportar trabalho e aulas para casa e os provedores de internet precisaram suportar esta demanda. Rapidamente, a operadora contratou mais tráfego, fortaleceu sua conexão e atendeu seus clientes corporativos e finais.
“Tivemos um aumento de 50% de assinantes e isso impactou na demanda por sinal. Precisamos expandir nossa infraestrutura, reforçamos o parque tecnológico, passamos a usar equipamentos Huawei na borda, tudo isso para dar suporte aos clientes. Saímos de uma rede de 5Gb para uma de 25Gb após a pandemia, isso porque a Eletronet nos ajudou a dar conta da demanda dos clientes com qualidade, estabilidade e segurança”, afirma o empresário.
Hoje com uma rede de 150Gb e um novo datacenter em operação, a Vianet usa como força-motriz de sua expansão a mesma clientela que a levou ao mercado: áreas rurais e cidades menores, locais de cerca de 40 mil habitantes que parecem pequenos para os grandes distribuidores, mas com pessoas e negócios que querem boa conexão à internet. “Pretendemos aumentar o número de cidades que atendemos no B2C, as prefeituras e empresas locais, e também dar suporte aos provedores regionais que queiram expandir por lá. Essas pequenas cidades têm grandes negócios e precisam de uma internet que acompanhe seu ritmo”, arremata Jackson.