As ações do Assaí iniciaram uma semana com forte movimento nas negociações desta segunda-feira (30), após a Receita Federal do Brasil (RFB) emitir um termo determinando o arrolamento de ativos da companhia no valor de R$ 1,265 bilhões, devido a contingências tributárias em discussão relacionadas ao GPA. Às 10h36, os papéis da empresa registravam queda de 5,42%, cotados a R$ 7,68.
O Assaí esclareceu que esse procedimento não impede a venda de nenhum ativo, trata-se apenas de uma lista para que a Receita Federal possa monitorar transações futuras. Apesar do valor assustar a primeira vista, a cifra bilionária não significa que o Assaí terá que desembolsar essa quantia ou terá os imóveis bloqueados.
A XP esclarece que o Assaí está sendo notificado porque a Receita Federal considera uma parte “relacionada”, apesar de uma gestão das operações de ambas as empresas sempre ter sido mantidas separadas. Além disso, o acordo de decisão não define a responsabilidade conjunta pelos passivos anteriores, e o GPA se compromete a compensar o Assaí por eventuais perdas potenciais.
Essa medida é empregada pela Receita Federal para fiscalizar qualquer transferência de bens de propriedade de um suposto devedor tributário, garantindo que ele mantenha ativos suficientes para sair de um passivo em disputa.
Em um relatório divulgado na última quinta-feira (26), a Genial demonstrou que a elevada volatilidade das ações do Assaí reflete uma exposição no cenário macroeconômico, impulsionada pelo aumento das taxas de juros no Brasil. Essa situação afeta diretamente o lucro projetado para a companhia nos próximos anos, considerando a alta alavancagem financeira do Assaí.