As ações da Marfrig subiram 40% neste ano e mais que dobraram nos últimos doze meses, impulsionadas principalmente pela valorização de 83% de sua participação na BRF no mesmo período. Segundo o Goldman Sachs, ainda há potencial de crescimento.
A Marfrig está sendo negociada a 46% do valor líquido de seus ativos. Excluindo a BRF (dona da Sadia e da Perdigão), a Marfrig está avaliada a 4,3 vezes o EBITDA projetado para os próximos 12 meses, o que é inferior até aos múltiplos de empresas de commodities puras.
A estimativa é que a venda de ativos da Marfrig no Brasil, Chile, Argentina e Uruguai para a Minerva reduza sua alavancagem para 2,5 vezes. Além disso, uma melhora operacional deve ajudar a diminuir a relação entre dívida líquida e EBITDA para 2 vezes até o final deste ano.
A empresa encerrou o segundo trimestre com uma alavancagem de 3,4 vezes, um pouco acima da zona de conforto de 3,0 vezes, que é o nível historicamente observado entre as empresas de proteína no Brasil. A empresa apontou que as preocupações relacionadas ao mercado de carne bovina nos Estados Unidos têm impactado negativamente o desempenho das ações. No entanto, a expectativa é de que o pior já tenha passado.
No mercado brasileiro, a expectativa é de que a operação da Marfrig continue a se beneficiar de uma boa disponibilidade de animais e de um poder de precificação favorável.
A recente otimização do portfólio também resultou em um aumento significativo na penetração de produtos de marca e de valor agregado, elevando essa participação no portfólio doméstico para entre 40% e 50%.