Voos de chegada e partida na Argentina estão sendo impactados pela paralisação dos trabalhadores das áreas de transporte e logística, que teve início na terça-feira (29) e deve durar até quarta-feira (31).
O movimento é motivado pelo descontentamento com o programa de ajuste econômico do governo de Javier Milei, as privatizações e a falta de acordos trabalhistas que compensem as perdas geradas pela inflação.
Segundo comunicado do Conselho, “o ajuste promovido pelo governo Milei, o aumento das passagens após a retirada dos subsídios, a tentativa de privatizar a Aerolíneas Argentinas, o ataque aos aposentados e a rejeição ao aumento da pobreza”, são os motivos da convocação da greve.
Os protestos começaram com uma greve de 36 horas dos trabalhadores do setor público (ATE) e, nesta quarta-feira (31), haverá uma paralisação dos motoristas de ônibus, organizada pelo Sindicato dos Bondes Automotivos (UTA). Até agora, pelo menos 280 voos foram cancelados, principalmente da Aerolíneas Argentinas.
A aliança dos sindicatos dos transportes confirmou o início da greve da categoria hoje (31), afetando diretamente atividades portuárias, caminhões, trens, metrô e voos, devido à paralisação da Intercargo, estatal responsável pelos serviços em solo nos aeroportos.
Além do transportes coletivos, funcionários da AFIP (uma espécie de Receita Federal) e da Alfândega também vão parar em protesto ao anunciado desligamento de 3.100 servidores, com a propostas da criação de um novo órgão de controle, segundo fontes sindicais.