Bacharelado com dupla diplomação em Ciências Econômicas é oferecido pela FAE Centro Universitário com o objetivo de formar profissionais que contemplem a sustentabilidade frente às estratégias econômicas das empresas, além de suprir a lacuna de profissionais da área no mercado. Vagas já estão disponíveis no vestibular de verão da FAE, que está com inscrições abertas
Muitas posições direcionadas à sustentabilidade dentro das empresas exigem conhecimentos da área de business. Por não existir uma formação específica de um profissional que tenha todos esses conhecimentos, as vagas normalmente são preenchidas por engenheiros, economistas ou até administradores. Os profissionais que fizerem o curso de Negócios Sustentáveis da FAE saberão identificar oportunidades de melhoria e viabilizar, mensurar e quantificar os resultados dessas iniciativas. Esse profissional atuará também encontrando novas oportunidades de negócios para promover o desenvolvimento sustentável, com foco em pessoas; vai conseguir melhorar a eficiência do consumo de recursos naturais e da cadeia de suprimentos, enfrentando principalmente a sua escassez ‒ que tem se agravado por conta das mudanças climáticas crescentes e dos conflitos globais, por exemplo ‒ e, ainda, implementar políticas de governança, equidade e transparência.
As relações de trabalho também vêm mudando muito nos últimos anos. O relatório Global Green Skills Report, de 2023, afirmou que o perfil das habilidades foi modificado em 24% entre 2015 e 2022, sendo que as habilidades sustentáveis estão cada vez mais adicionadas na força de trabalho. Segundo o mesmo relatório, entre 2022 e 2023 a participação desses talentos aumentou em 12,3% no mercado, e a proporção de ofertas de emprego que exigem pelo menos uma habilidade desse tipo cresceu em 22,4% no mesmo período.
O coordenador do curso, Gabriel Ruiz de Oliveira, explica que a graduação visa qualificar profissionais que vão possibilitar às empresas se adequar às novas realidades do mercado e às constantes mudanças globais e crescer em resultados econômicos, ambientais e sociais. “Colaboradores e clientes se importam cada vez mais com o compromisso de sustentabilidade social e ambiental das empresas. Não basta gerar lucro, é necessário promover impacto positivo de transformação da sociedade”, afirma Gabriel.
O pró-reitor acadêmico da FAE Centro Universitário, Everton Drohomeretski, acredita que o mercado vive um momento de transição e transformação cultural, o que é natural. Mas as expectativas são positivas, sendo que em sua análise as empresas vão aumentar a quantidade de vagas e capacitações internas na área, já que precisam aliar o sustentável com o econômico. Ele analisa que todos os setores de uma empresa devem ter práticas voltadas a isso. “As empresas, assim como o nosso curso, devem ter uma visão mais sistêmica do tema, uma visão voltada para a sustentabilidade econômica do negócio, para empresas perenes, que se sustentem e que realmente contribuam para o meio ambiente, e não apenas usufruam dele”, afirma.
Conforme aponta o relatório Global Green Report 2024, há uma falha dos líderes empresariais em promover o desenvolvimento das habilidades que contemplem a sustentabilidade nas empresas.
Em contrapartida, um levantamento feito pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no ano de 2023 apontou que o Brasil já possuía 2,3 milhões de trabalhadores nos chamados “empregos verdes” ‒ nome que se usa para quem trabalha nessa área. Apesar disso, ainda há essa lacuna de profissionais no mercado.
Já em 2022, a rede social Linkedin destacava que essas habilidades estavam sendo exigidas em pelo 10% dos anúncios de emprego, sendo que a participação desses talentos no trabalho global saltou 40% entre 2025 e 2022. Conforme aponta o relatório de 2024, uma das principais ações para suprir a demanda seria investir em programas de educação e formação, desde a educação infantil até o ensino superior, alinhados com os mais recentes desenvolvimentos em tecnologias e práticas sustentáveis. E é isso que a FAE está fazendo com a criação da nova graduação em Negócios Sustentáveis.
“Estamos investindo em uma nova área, que se conhece pouco mas que tem grandes impactos no nosso cotidiano. Estamos inovando ao encarar um problema do qual até agora não se fala muito e ao qual poucos dedicam tempo e recursos efetivamente”, diz o professor e coordenador do curso.
Áreas de atuação e disciplinas do curso
Entre as áreas mais demandadas, apontadas pelo relatório de 2024, estão Produção de Energia, TI e Tecnologia, Construção e Infraestrutura, Transporte e Logística.
As disciplinas presentes na grade curricular são: Green Supply Chain, Marketing, Criatividade e Inovação, Geoeconomia, Responsabilidade Social Corporativa, Sistemas de Qualidade Socioambiental, Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ONU), Economia Empresarial, DEI (Diversidade, Equidade e Inclusão), Cidades Inteligentes, ESG & Novos Negócios (fundos de investimento verdes, green bond), entre outras.