O dólar à vista passou mais uma alta nesta terça-feira (17/12), alcançando R$ 6,16 na abertura do mercado. Por volta das 9h10, a moeda norte-americana registrou uma elevação de 0,92%, cotada a R$ 6,14.
Na véspera, o dólar fechou a R$ 6,09, com alta de 0,99%, e atingiu um novo recorde nominal (descontada a inflação), o maior valor de fechamento desde o início do Plano Real, em 1994. A última vez que a moeda havia alcançado a máxima histórica nominal foi na segunda-feira passada (12/09), quando chegou a R$ 6,08.
Mesmo com os leilões do Banco Central, a alta não foi contida, refletindo a insegurança do mercado sobre a tramitação do pacote de corte de gastos no Congresso ainda este ano.
Esta é a última semana antes do recesso, com prazo até sexta-feira (20) para uma definição. No entanto, mesmo que o pacote seja aprovado, não há garantia de que os cortes terão impacto suficiente para restaurar a credibilidade fiscal do Brasil. O Boletim Focus, divulgado ontem, projetou Selic mais alta para 2025 e 2026, além de uma piora nas expectativas de inflação.
Externamente, as vendas no varejo chinês vieram abaixo das projeções, reforçando a pressão por novos estímulos econômicos. A situação é agravada pelas tensões comerciais com os EUA sob o novo governo Trump. O mercado aguarda ainda a decisão de juros nos EUA, prevista para amanhã, com expectativa de um corte de 0,25%. O foco estará no pronunciamento do Fed e suas projeções para os próximos meses.