As vendas no varejo brasileiro registraram uma queda de 0,8% em 2024, já descontada a inflação, segundo o Índice Cielo do Varejo Ampliado (ICVA), informou a empresa de meios de pagamento nesta sexta-feira (31).
Em termos nominais, que refletem a receita bruta dos varejistas, houve um crescimento de 3,5%. Os dados da Cielo mostram que os três macrossetores do comércio analisados pelo índice apresentaram retração no faturamento: Bens Duráveis e Semiduráveis (-2,1%), Serviços (-1,0%) e Bens Não Duráveis (-0,2%).
No caso de Bens Duráveis, o segmento que apresentou a maior retração foi Materiais para Construção, afirmou a empresa. Serviços teve Estética e Cabeleireiros como o setor com maior variação negativa. Já Livrarias, Papelarias e afins foi o segmento de Bens Não Duráveis com a maior queda em relação a 2023.
“Os faturamentos dos meses de outubro e novembro, impulsionados pela Black Friday, foram um destaque… Dezembro, porém, não acompanhou este desempenho, afetado principalmente pela alta de preços de alimentos e do setor de transportes”, disse Carlos Alves, vice-presidente de tecnologia e negócios da Cielo.
“No primeiro semestre (de 2024), as enchentes que causaram uma tragédia climática no Rio Grande do Sul geraram um relevante impacto no Varejo da região e do país (queda de 0,7%). Já no segundo semestre, o recuo do comércio foi ainda mais acentuado (-0,9%). O Brasil enfrentou uma severa estiagem que, gradualmente, gerou alta no preço dos alimentos”, completou Carlos Alves.