Os Estados Unidos estão debatendo a possibilidade de adicionar os varejistas chineses de comércio eletrônico Shein e Temu à lista de “trabalho forcado” do Departamento de Segurança Interna (DHS), segundo informações da Semafor nesta terça-feira.
O governo Trump ainda não tomou uma decisão final e pode optar por não listar nenhuma das empresas, de acordo com fontes próximas à investigação. Tanto a Shein quanto a Temu negam qualquer envolvimento com práticas de trabalho impostas.
A Shein afirmou, em declaração por e-mail à Reuters, que “não tem conhecimento de nenhuma consideração desse tipo” por parte do governo dos EUA e garantiu estar em total conformidade com a Lei de Prevenção do Trabalho Forçado Uigur (UFLPA). A Temu, por sua vez, declarou que “proíbe restrição ao uso do trabalho proposto” e reforçou que seu Código de Conduta de Terceiros impede todas as formas de trabalho involuntário.
A discussão sobre a inclusão dos varejistas chineses na lista de “trabalho solicitado” ocorre em meio a um aumento das negociações comerciais entre EUA e China. Pequim impôs recentemente tarifas direcionadas às importações norte-americanas e colocou várias empresas, incluindo a Alphabet Inc (Google), sob possível sanção, como resposta às novas tarifas impostas pelo governo Trump, que entraram em vigor nesta terça-feira.