A operadora americana da varejista de fast-fashion Forever 21 entrou com pedido de recuperação judicial pela segunda vez, citando os impactos da mudança nos hábitos de consumo e a forte concorrência de varejistas estrangeiros.
A Forever 21 sofre, há anos, com a queda no movimento de suas lojas em shoppings, principalmente durante a pandemia, além da forte concorrência das gigantes varejistas online, como as asiáticas Shein e Temu.
A empresa, juntamente com algumas de suas subsidiárias nos Estados Unidos, solicitou proteção sob o Capítulo 11 (Chapter 11) no Tribunal de Falências dos EUA, em Delaware. Como parte do processo, será realizada uma liquidação ordenada de suas operações no país. A companhia destacou ainda que as lojas da Forever 21 no exterior são administradas por licenciados independentes e não estão incluídas no pedido de recuperação.
O diretor financeiro da empresa, Brad Sell, afirmou que, apesar de terem sido consideradas todas as opções, “não conseguimos encontrar um caminho sustentável, dada a concorrência de empresas estrangeiras de fast-fashion, que souberam aproveitar isenções para reduzir seus preços, pressionando a margem de nossa marca”.
Sell também destacou que o aumento dos custos e os desafios econômicos impactaram a demanda dos clientes. Apesar do pedido de recuperação judicial, as lojas e o site da Forever 21 nos EUA continuarão operando normalmente e atendendo aos consumidores durante o processo, informou a empresa.