O JP Morgan atualizou sua projeção para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil em 2025, elevando-a de 1,9% para 2,3%. A revisão reflete uma perspectiva mais favorável no cenário externo, impulsionada pelo acordo tarifário entre Estados Unidos e China, e por uma expectativa de maior produção agrícola nacional. Em contrapartida, o banco aumentou sua estimativa para a inflação em 2026, de 3,2% para 3,6%.
Anteriormente, a instituição financeira havia projetado um crescimento do PIB brasileiro acima das expectativas, mas posteriormente reduziu suas estimativas considerando as probabilidades de uma recessão nos Estados Unidos e uma desaceleração significativa na atividade econômica chinesa.
No entanto, o JP Morgan reavaliou suas projeções após a diminuição das tensões comerciais entre EUA e China, decorrente do anúncio de uma suspensão, por 90 dias, das tarifas impostas mutuamente pelos dois países. Para o ano de 2026, o JP Morgan manteve sua projeção de crescimento de 1,2% para a atividade econômica brasileira.
Em contrapartida, o Fundo Monetário Internacional (FMI) reduziu suas projeções de crescimento para o Brasil para 2% tanto em 2025 quanto em 2026. Esse corte de 0,2 ponto percentual em ambas as estimativas, em comparação com os dados divulgados em janeiro, reflete a avaliação de analistas de que, embora a forte produção agrícola sustente a economia no início do ano, haverá uma desaceleração gradual devido à inflação ainda elevada e à política de juros que impacta o crédito.
Em relação à inflação, o FMI estima que o aumento dos preços no Brasil será de 5,3% em média anual para este ano e de 4,3% para o próximo. A meta oficial de inflação é de 3% em 12 meses, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.
Para a América Latina e o Caribe, o FMI também reduziu em 0,5 ponto percentual a projeção de crescimento para a região em relação a janeiro, fixando-a em 2% para 2025. Para 2026, o Fundo diminuiu a estimativa de crescimento em 0,3 ponto percentual, para 2,4%. Segundo o FMI, as revisões para a região são principalmente atribuídas a uma redução significativa na projeção de crescimento do México, fortemente afetado pelas tarifas de Donald Trump.