A tecnologia de self-checkout deixou de ser um recurso restrito a grandes redes e se tornou uma realidade acessível para diversos modelos de varejo. De acordo com a Grand View Research, o mercado global de sistemas de autoatendimento deve atingir US$ 10,49 bilhões até 2030, crescendo a uma taxa anual de 13,6% entre 2025 e 2030. Já o relatório da Global Market Insight prevê um crescimento médio de 11% ao ano até 2027, com movimentação superior a US$ 6,5 bilhões.
No Brasil, a adesão dos consumidores é clara: sete em cada dez brasileiros já preferem concluir suas compras por meio de self-checkout, segundo levantamento da Associação Paulista de Supermercados (APAS) em 2024. A tendência é impulsionada pela busca por agilidade, autonomia e menor contato físico, especialmente após a pandemia.
Para Eduardo Córdova, CEO da market4u, maior rede de mercados autônomos que opera em condomínios residenciais e comerciais, esse comportamento revela uma mudança estrutural no varejo: “O consumidor de hoje quer liberdade. Quando oferecemos a ele autonomia para comprar no próprio ritmo, com segurança e praticidade, entregamos valor real. E isso se traduz em fidelização”, afirma.
Com base em sua experiência à frente da rede market4u, Eduardo Córdova aponta cinco motivos estratégicos para que varejistas apostem no self-checkout como ferramenta essencial de modernização. O primeiro deles é a redução de filas e maior fluidez no atendimento: ao permitir que o próprio consumidor finalize a compra, o varejo elimina o tempo de espera, um dos principais atritos da jornada do cliente, e melhora a percepção de conveniência. Em segundo lugar, destaca-se a redução de custos operacionais. O autoatendimento não tem como foco a eliminação de postos de trabalho, mas sim o redirecionamento de equipes para funções mais estratégicas, como atendimento qualificado e reposição de produtos.
Outro benefício é o aumento da autonomia e satisfação do cliente, já que conduzir o processo de compra de forma independente fortalece o sentimento de controle e vínculo com a marca. A segurança também é reforçada, com o uso de tecnologias de monitoramento remoto, inteligência antifraude e transparência nas transações.
Por fim, o self-checkout se integra facilmente a soluções digitais e canais diversos, abrindo caminho para uma estratégia omnichannel. No caso do market4u, por exemplo, o aplicativo conecta o consumidor a funcionalidades como carteira digital, marketplace, promoções e até uma rede social interna dos condomínios — mostrando que a experiência de compra pode ir muito além da simples transação.