A companhia aérea Gol (GOLL4) divulgou nesta terça-feira (2) um prejuízo líquido de R$1,42 bilhão referente ao mês de maio. O resultado financeiro foi informado ao mercado por meio de um relatório encaminhado ao juízo de sua recuperação judicial nos Estados Unidos.
Apesar do balanço negativo, a empresa aérea concluiu o processo de “Chapter 11” em junho e mantém planos de crescimento. Em declaração, o presidente da Gol, Celso Ferrer, afirmou que a companhia mira a expansão de sua frota e a implementação de novas rotas e voos, tanto em território nacional quanto internacional.
Ao longo da recuperação judicial, a GOL captou cerca de US$ 1,9 bilhão, recursos que foram utilizados para quitar o financiamento DIP (Debtor-in-Possession) e fortalecer o caixa da empresa. Após a operação, a companhia passou a contar com aproximadamente US$ 900 milhões de liquidez.
A aérea também promoveu um aumento de capital da ordem de R$ 12 bilhões, incluindo a conversão de dívidas em ações, o que resultou na emissão de mais de 9 trilhões de papéis e elevou a participação do Grupo Abra — holding que controla também a Avianca — para cerca de 80% da GOL.
Do ponto de vista financeiro, a alavancagem da companhia foi reduzida para cerca de 5,4 vezes, com projeção de recuar para menos de 3 vezes até o fim de 2027. O objetivo é garantir um crescimento sustentável nos próximos anos.
O relatório operacional de maio também aponta para um Ebitda negativo de R$ 650milhões, com uma margem Ebitda de R$ 421,87 bilhão e uma dívida líquida de R$30,7 bilhões, incluindo empréstimos, financiamentos e arrendamentos.
No mesmo mês, a receita líquida da companhia totalizou R$1,54 bilhão. Os números apresentados fazem parte do relatório mensal exigido durante o processo de reestruturação da Gol no tribunal de falências dos EUA e são considerados preliminares, sem auditoria final.