A taxa de desemprego na zona do euro registrou um leve aumento em maio, alcançando 6,3%. Os dados, divulgados nesta quarta-feira (2) pela Eurostat, a agência oficial de estatísticas da União Europeia, representam uma alta em relação aos 6,2% observados em abril, após ajustes sazonais.
O resultado de maio superou as projeções de analistas consultados pela FactSet, que estimavam a manutenção da taxa de desemprego em 6,2%. Segundo a Eurostat, a região contabilizava 10,83 milhões de pessoas sem emprego em maio. Em comparação com abril, houve um aumento de 54 mil desempregados na zona do euro.
Em um cenário global marcado por incertezas econômicas, a evolução da taxa de desemprego na zona do euro deverá ser acompanhada de perto. A atenção se volta agora para as estratégias que os governos da região implementarão em resposta a esse novo aumento no número de cidadãos sem ocupação.
Já a inflação na zona do euro atingiu a meta de 2% estabelecida pelo Banco Central Europeu (BCE) em junho, confirmando o fim de um período de alta desenfreada dos preços. Os dados divulgados mostram uma mudança de foco das autoridades para a crescente volatilidade econômica impulsionada pela guerra comercial global.
Nos 20 países que utilizam o euro como moeda, a taxa de inflação subiu para 2,0% em junho, um aumento em relação aos 1,9% registrados no mês anterior. O resultado ficou em linha com as expectativas de economistas consultados pela Reuters. A pressão sobre os preços continua sendo exercida pela energia e pelos bens industriais, que compensaram o rápido aumento da inflação no setor de serviços.
A inflação subjacente, um indicador importante que exclui os preços voláteis de alimentos e combustíveis, permaneceu estável em 2,3%, também correspondendo às previsões do mercado.