O déficit comercial dos Estados Unidos diminuiu mais do que o esperado no mês de agosto, impulsionado por uma queda significativa nas importações. O Escritório de Análise Econômica e o Census Bureau do Departamento de Comércio informaram nesta quarta-feira (19) que o déficit recuou 23,8%, caindo para US$ 59,6 bilhões. O resultado ficou abaixo da previsão dos economistas consultados pela Reuters, que esperavam um déficit menor, de US$ 61,0 bilhões.
A forte redução no déficit foi primariamente atribuída à queda nas compras externas:
- As importações caíram 5,1%, totalizando US$ 340,4 bilhões.
- As exportações, por sua vez, apresentaram um aumento marginal de 0,1%, atingindo US$ 280,8 bilhões.
A divulgação deste relatório, originalmente programada para o dia 7 de outubro, foi adiada devido à paralisação (shutdown) do governo dos EUA, que se estendeu por 43 dias e foi recentemente encerrada.
Embora o déficit de agosto tenha sido menor, o comércio exterior ainda pode exercer um peso negativo sobre o crescimento econômico do país no terceiro trimestre.
A política comercial protecionista do então presidente Donald Trump, marcada pela imposição de tarifas abrangentes, tem sido responsável por grandes oscilações tanto nas importações quanto no déficit comercial, o que distorce o panorama econômico geral.
No primeiro trimestre do ano, o comércio havia cortado um valor recorde de 4,68 pontos percentuais do Produto Interno Bruto (PIB), antes de voltar a contribuir positivamente no trimestre seguinte, de abril a junho. As estimativas atuais para o crescimento do PIB do terceiro trimestre situam-se bem acima de uma taxa anualizada de 3,0%.
Contudo, o relatório oficial do PIB do terceiro trimestre, que deveria ter sido divulgado no final de outubro, também foi adiado devido à paralisação do governo. No segundo trimestre, a economia havia crescido a um ritmo de 3,8%, sendo que um déficit comercial menor foi um dos principais motores desse desempenho.









