A Brava Energia (BRAV3), petroleira brasileira nascida da integração de ativos do setor, anunciou nesta quarta-feira um plano de investimentos robusto de US$ 550 milhões para 2026. Sob o comando do novo diretor financeiro, Luiz Carvalho, a companhia detalhou que dois terços desse montante serão destinados à expansão da produção, com foco na perfuração de novos poços, enquanto o restante será aplicado na manutenção preventiva de suas operações.
O valor representa um aumento em relação aos US$ 500 milhões estimados para 2025, sinalizando que a empresa mantém sua estratégia de crescimento mesmo diante da recente volatilidade nos preços internacionais do petróleo.
A execução desse plano começará já em janeiro com a chegada de uma sonda de perfuração. O cronograma prevê que os dois primeiros poços entrem em operação no campo de Papa-Terra no final de 2026.
Para 2027, o foco se desloca para o campo de Atlanta, com a previsão de mais dois poços operacionais no primeiro semestre. Essa estratégia visa elevar a capacidade produtiva da Brava para a marca de 100 mil barris de óleo equivalente por dia (boed) a partir de 2027, superando os 90 mil boed projetados para o fechamento deste ano.
Um ponto de atenção para os investidores é a transição produtiva em 2026. A diretoria alertou para uma possível redução temporária na extração durante o próximo ano, decorrente do declínio natural dos campos atuais antes que as novas perfurações comecem a entregar resultados. Para mitigar os riscos financeiros desse período, a Brava Energia montou uma estrutura de proteção (hedge), garantindo preços fixos para dois terços de sua produção no primeiro semestre de 2026 e um terço no semestre seguinte.
No campo da saúde financeira, a Brava busca um equilíbrio rigoroso em seu balanço. A companhia planeja encerrar o quarto trimestre de 2025 com uma alavancagem de 2,3 vezes a relação dívida líquida sobre o Ebitda, mantendo a estabilidade em comparação ao trimestre anterior. No entanto, a meta de médio prazo é ambiciosa: reduzir esse indicador para abaixo de 1,5 vez. Esse processo de desalavancagem será fundamental para garantir que a empresa tenha fôlego financeiro para sustentar seus investimentos em expansão sem comprometer sua solvência.







