Na safra 2023/24, os três principais importadores mundiais de café – União Europeia, Estados Unidos e Japão – planejam aumentar suas compras em 4,4 milhões de sacas, totalizando 79,2 milhões de sacas, um aumento de quase 6% em comparação com a safra anterior.
Segundo dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), as importações da União Europeia devem crescer 5,7%, atingindo 47 milhões de sacas, impulsionadas, em grande parte, pela retomada dos embarques do Brasil. A demanda na Europa é crucial para o Brasil, pois quatro dos maiores clientes brasileiros – Alemanha, Itália, Bélgica e Holanda – fazem parte da UE, representando quase 30% das exportações do país.
Para os Estados Unidos, o maior importador e consumidor global de café, a demanda na safra 2023/24 está prevista para crescer 6,4%, totalizando 25,4 milhões de sacas. Embora não alcance o recorde de 27 milhões de sacas da safra anterior, retorna ao patamar histórico de 25 milhões de sacas. O mercado americano é o destino principal das exportações brasileiras, representando mais de 15% do total.
O Japão, terceiro maior importador mundial, verá um aumento de 4,5% nas compras na safra 2023/24, atingindo 6,8 milhões de sacas. Embora menor em volume, o Japão é o quarto maior destino das exportações brasileiras em termos de volume e o segundo em receita, ficando atrás apenas da Itália.
Os japoneses têm pago preços mais altos pelo café brasileiro, com uma média de US$ 212,3 por saca, superando os US$ 208,5 pagos pelos importadores americanos. Recentemente, a japonesa Sarutahiko Coffee pagou R$ 84,5 mil por uma saca de café brasileiro, estabelecendo um recorde de preço.
Embora Estados Unidos, Brasil e Japão liderem o consumo global de café, individualmente, a Finlândia é o país onde a população mais consome café, com 12 quilos por habitante ao ano, enquanto no Brasil, o maior produtor e exportador, o consumo por habitante é de 6,3 quilos por ano.
Imagem: Boy_Anupong/Getty Images