A BrasilAgro reportou prejuízo líquido total de R$ 5,822 milhões no segundo trimestre da safra 2023/2024, contra perdas de R$ 12,881 milhões no segundo trimestre da safra 2022/2023. O Ebitda ajustado ficou negativo em R$ 12,615 milhões, contra um Ebitda ajustado positivo de R$ 17,128 milhões no segundo trimestre da safra 2022/2023.
A Brasilagro é uma empresa do setor do agronegócio que realiza a aquisição, desenvolvimento, exploração e comercialização de propriedades rurais com aptidão agropecuária. A partir do momento da aquisição, a empresa busca implementar culturas de maior valor agregado e também realiza investimentos em infraestrutura e tecnologia. O portfólio de produtos da Brasilagro é composto principalmente por cana-de-açúcar, soja, pecuária, milho e algodão. Desde o início das operações em 2006, a empresa adquiriu um total de 12 propriedades rurais. Quatro delas já foram vendidas. Em 2019 o grupo detinha propriedades em sete estados brasileiros, além do Paraguai.
A Cresud, uma sociedade anônima criada na Argentina, detém 40,69% das ações da Brasilagro. O restante dos ativos (59,31%) está listado na B3, com ações ordinárias (AGRO3). A empresa também está no mercado fracionado (AGRO3F). A Brasilagro foi a primeira empresa de produção agrícola a abrir o capital no Novo Mercado da B3. Foi também a primeira empresa brasileira do agronegócio a listar ADRs (American Depositary Receipts) na Bolsa de Nova Iorque.
A receita líquida total da empresa durante o período analisado ficou em R$ 155,687 milhões, contra R$ 183,032 milhões do 2T23, um recuo de 15%. Por fim, o valor com venda de fazendas tombou 83% na comparação com o mesmo período de 2023, passando de R$ 28,093 milhões para R$ 4,752 milhões. A administração da companhia destaca que o ano de 2024 começou desafiador para o agronegócio, tanto do lado comercial quanto do lado do clima. Com a diminuição da área plantada, a empresa projeta reduzir em 17% sua produção de grãos e algodão comparado à estimativa inicial.