A taxa de pobreza da Argentina avança e atingiu 57,4%, na máxima em 20 anos, segundo o Observatório da Dúvida Social do país, da Pontifícia Universidade Católica Argentina (UCA). O índice é construído a partir de pesquisas e também de um cenário simulado para dezembro do ano passado e janeiro deste ano, conforme informado pelo órgão responsável.
A pobreza cresce mais em lares das classes trabalhadoras ou não beneficiárias de programas sociais. Em dezembro, a taxa estava em 49,5%, no levantamento que abrange apenas a pobreza urbana do país.Ele também estima que a população de indigentes foi de 9,6% no terceiro trimestre de 2023 a 14,2% em dezembro de 2023 e a 15,0% em janeiro de 2024.
Na sexta-feira (16), o Ministério da Economia da Argentina informou um superávit orçamentário de janeiro de 518,41 bilhões de pesos (R$ 3,07 bilhões), a primeira vez que o número ficou no verde desde agosto de 2012.Em dezembro, o governo lançou reformas econômicas abrangentes, principalmente uma desvalorização de 54% do peso frente ao dólar norte-americano, causando o colapso dos rendimentos dos argentinos à medida que os preços disparavam.
Milei assumiu o cargo prometendo “dolarizar” a economia; controlar as altas taxas de inflação do país, que superam 200% ao ano; eliminar o déficit fiscal e acabar com os benefícios para a classe política argentina, que Milei chama de “a casta”.