Na segunda-feira, um tribunal de apelação concedeu o pedido da Disney para uma pausa de dois meses em um processo federal contra o governador da Flórida, Ron DeSantis, e seus indicados para o distrito governante do Walt Disney World. Essa decisão veio após um acordo separado ter sido alcançado entre as partes envolvidas em litígios na justiça estadual.
O pedido da Disney ao tribunal federal de apelação, feito na última sexta-feira, foi uma resposta ao acordo firmado no mês passado entre a empresa e o Distrito de Supervisão de Turismo da Flórida Central, nomeado por DeSantis. Após DeSantis assumir o conselho administrativo do parque temático, surgiram disputas entre a empresa e o distrito no tribunal estadual em relação ao desenvolvimento futuro da Disney World.
Como parte do acordo, a Disney concordou em suspender o processo federal separado, do qual está sendo apelado, enquanto se aguardam negociações sobre um novo acordo de desenvolvimento com os nomeados por DeSantis.
A Disney originalmente tinha prazo até a próxima semana para apresentar uma petição inicial em seu recurso ao Tribunal de Apelações do Décimo Primeiro Circuito federal. No entanto, devido à pausa concedida pelo tribunal, esse prazo foi adiado para meados de junho.
O acordo pôs fim a quase dois anos de litígio, que começou com a aquisição do distrito por DeSantis de apoiadores da Disney. Esse litígio teve origem na oposição da empresa à chamada “lei Don’t Say Gay” da Flórida. Como retaliação pela oposição da Disney à polêmica lei, DeSantis assumiu o controle do distrito governamental por meio de legislação aprovada pelo Legislativo da Flórida, que é controlado pelos republicanos, e nomeou um novo conselho de supervisores. Em resposta, a Disney entrou com um processo contra DeSantis e seus nomeados, alegando que os direitos de liberdade de expressão da empresa foram violados por se manifestarem contra a legislação.
Conforme o acordo, tanto o acordo de desenvolvimento quanto os convênios que conferiam à Disney o controle do projeto e da construção foram considerados nulos e sem efeito. Além disso, o novo conselho concordou em operar sob um plano diretor que estava em vigor antes de DeSantis assumir o controle do distrito.