A era da inflação dos preços do streaming chegou

Entenda como o fim da greve em Hollywood afeta os streamings.

Mike Blake/Reuters

Na semana passada, o sindicato dos atores dos Estados Unidos, o SAG-AFTRA, finalmente encerrou a greve de 118 dias após negociar um acordo provisório de três anos com os estúdios de Hollywood. Essa foi a greve mais longa da história do sindicato, garantindo melhorias significativas em salários, benefícios e pensões, além de proteções preliminares quanto ao uso de IA (Inteligência Artificial).

Em todo o país, os membros do SAG-AFTRA comemoraram sua vitória merecida e de longa duração. Kevin Bacon comemorou o fim da greve reprisando sua dança do filme “Footloose” em um celeiro vazio. Mas, com o retorno dos atores aos estúdios e sets de filmagem, surgem novos desafios para todos em Hollywood: menos conteúdo e menos empregos.

Esses dois problemas serão exacerbados pelo valor do novo acordo. De acordo com uma declaração do sindicato, o valor é de US$ 1 bilhão. Em última análise, os clientes terão que pagar a conta – por meio dos frequentes aumentos nas mensalidades de streaming, por exemplo –, como já vinha ocorrendo antes da greve. Como declarou Scott Purdy, da KPMG, a era da “inflação dos preços de streaming chegou”.

Sob o acordo, os atores receberiam três aumentos salariais entre o momento da ratificação e julho de 2025: um aumento imediato de 7%, seguido por um aumento de 4% em julho de 2024 e 3,5% em julho de 2025. Para os atores secundários, haverá um aumento salarial de 11% em 12 de novembro, seguido por aumentos de 4% e 3,5% em julho de 2024 e julho de 2025, respectivamente.

O acordo também garante um bônus para membros cujo trabalho chegou às plataformas de streaming, embora muito menor do que as demandas sindicais inicialmente exigidas. De acordo com a Variety, haverá um fundo de bônus no valor de US$ 40 milhões por ano, durante o prazo de três anos do acordo, a ser pago aos atores além de seus resíduos normais de streaming.

Analisando o Disney+, Bob Iger anunciou que a Disney teria como meta uma economia de custos de quase US$7 bilhões, reduzindo seus gastos com conteúdo. Da mesma forma, como solução, os streamings vem aumentando seus preços de assinatura.

Agora, os estúdios precisam fazer com que seus serviços gerem lucro. Para isso, custos devem ser gerenciados, reprimir senhas compartilhadas e controlar o quanto é gasto nas produções.

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