As ações da Eneva encerraram na segunda-feira (6) em alta de 5,85%, cotadas a R$ 10,66, impulsionadas por alterações nas diretrizes do leilão de capacidade de reservas anunciadas pelo Ministério de Minas e Energia ( MME).
A mudança, publicada no Diário Oficial da União, permitirá que as usinas termelétricas existentes participem do leilão, anteriormente limitado apenas para novos empreendimentos.
O objetivo do leilão é garantir mais potência ao sistema elétrico brasileiro entre 2028 e 2030. A inclusão de ativos já em operação e a extensão do prazo de fornecimento dos contratos para dez anos foram bem recebidas pelo mercado. Analistas do Itaú BBA e JP Morgan enfatizaram que essas mudanças aumentam a competitividade e a atratividade do leilão, favorecendo empresas com bases no setor.
A Eneva, como uma das principais geradoras térmicas do país, foi diretamente beneficiada pela mudança, o que contribuiu para a valorização significativa de suas ações e reforçou o otimismo do mercado em relação às perspectivas futuras da companhia.
O leilão será segmentado em diferentes categorias de produtos, separando aqueles voltados para usinas existentes e novos empreendimentos. Para as usinas existentes, o fornecimento começará entre 2025 e 2030, com contratos de dez anos. Já para novos empreendimentos, os contratos serão de 15 anos. As termelétricas, segundo o MME, devem utilizar gás natural ou biocombustíveis, e os produtos se dividem por ano de início de fornecimento.
Os produtos do leilão incluem opções para usinas existentes com início de fornecimento entre 2028 e 2030, produtos equivalentes voltados para novas usinas com prazos contratuais mais longos e um produto específico para capacidade hídrica em 2030, destinado à adição de novas turbinas em usinas hidrelétricas.