As ações da Lyft, empresa de transporte por aplicativo, despencaram quase 14% no pré-mercado nesta quarta-feira, após a companhia alertar que a tendência de preços mais baixos observada no final de 2024 deve se estender ao longo de 2025. A estratégia visa alinhar suas tarifas às do Uber, seu principal concorrente.
Para se manter competitiva, a empresa tem investido em atrair mais motoristas e passageiros, além de lançar novos recursos que a diferenciem no mercado. No entanto, a pressão sobre os preços levanta preocupações entre investidores sobre a sustentabilidade da margem de lucro da companhia.
A Lyft enfrentou uma queda contínua nos preços durante o quarto trimestre de 2024, tendência que se manteve em 2025. Para permanecer competitiva, a empresa precisou reduzir tarifas e oferecer mais cupons de desconto nas últimas semanas do ano passado, refletindo a pressão sobre suas margens.
Por outro lado, a Uber projeta uma leve alta nos preços do UberX, seu serviço de carros particulares acessíveis, em 2025. A empresa está repassando o aumento dos custos de seguro para os consumidores, o que pode impactar a competitividade de sua plataforma em relação à Lyft, que ainda enfrenta dificuldades para manter preços baixos sem afetar sua lucratividade.
Na terça-feira, a Lyft previu reservas brutas abaixo das expectativas do mercado, seguindo a mesma tendência da Uber, que também emitiu previsões mais modestas na semana anterior. A relação preço/lucro futura da Lyft é de 13,4, significativamente mais baixa que a de sua rival, Uber, que está em 29,4.
Em 2024, as ações da Lyft caíram 13,9%, refletindo dificuldades em manter a competitividade, mas o cenário parece melhorar em 2025, com um aumento de 11,6% no valor das ações até agora neste ano. Isso pode indicar que investidores ainda acreditam no potencial da Lyft para reverter as quedas, apesar dos desafios.