Acordo da Moratória da Soja é suspenso pelo Cade em meio a inquérito contra empresas

O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) concedeu, nesta segunda-feira (18), uma medida cautelar que determina a suspensão imediata da Moratória da Soja. A decisão atende a um pedido da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e tem como objetivo evitar que o acordo continue causando prejuízos ao setor antes de uma decisão final.

O processo foi iniciado por diversas entidades, incluindo a Câmara dos Deputados, o Senado Federal e a CNA, que alegaram que a moratória é uma prática anticompetitiva. A suspensão imediata foi solicitada pela CNA, que apresentou um parecer econômico apontando danos concretos aos produtores rurais.

O superintendente-geral do Cade, Alexandre Barreto de Souza, determinou a abertura de uma investigação completa sobre os signatários do acordo. Empresas como ADM, Cargill, Bunge, Louis Dreyfus e Cofco têm agora a obrigação de suspender a moratória imediatamente. Em caso de descumprimento, a multa diária é de R$ 250 mil.

O que muda com a decisão do Cade:

Em nota, a Anec (Associação Nacional dos Exportadores de Cereais) manifestou “extrema preocupação” com a decisão e informou que vai recorrer. Por outro lado, o grupo ambientalista Greenpeace afirmou que a medida é resultado de pressões do agronegócio e compromete quase duas décadas de avanços na proteção da Amazônia.

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