Agro vai puxar PIB em 2025, afirma presidente de Abag

O PIB do agro caiu 3,2% em 2024, sendo a única atividade econômica a registrar retração no ano

Agropalma

O agronegócio será “a grande resposta de 2025” para o crescimento da economia, afirmou o presidente da Associação Brasileira do Agronegócio (Abag), Caio Carvalho. Após um ano de retração, ele acredita que o setor terá uma recuperação expressiva, impulsionada por uma safra maior e um ambiente externo mais favorável.

“O agro vai ser a grande resposta de 2025, sem dúvida alguma. O Produto Interno Bruto (PIB) do setor vai ser bem alto”, declarou ele ao Broadcast Agro, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.

O PIB da agropecuária registrou uma queda de 3,2% em 2024, sendo a única atividade econômica a apresentar retração no ano, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O desempenho do agronegócio em 2024 contrastou com o crescimento de 3,4% da economia como um todo, que foi impulsionado pelos setores de serviços e indústria.

Caio Carvalho atribui a queda do setor agropecuário à desvalorização das commodities e a adversidades climáticas que reduziram a produção. “Tivemos um conjunto de coisas: a queda da oferta e a redução de preços das commodities. Portanto, 2024 ficou com essa pressão sobre o PIB do agronegócio”, explicou.

A divulgação dos dados acontece em um momento em que o governo federal busca conter a inflação dos alimentos. Na quinta-feira, 6, à noite, o vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, anunciou a isenção de tarifas de importação para produtos como carne, café, açúcar e milho, como parte de um pacote de medidas.

“O governo precisava dar uma resposta para uma definição política do presidente da República e a resposta veio na forma de uma ação. Mas, na verdade, essa ação envolve produtos nos quais o Brasil é grande exportador, altamente competitivo. Então, mesmo com a retirada da tarifa, pouco impacto deve trazer, ao que tudo indica, para a maioria dos produtores brasileiros”, afirmou Caio Carvalho. Além da isenção de tarifas, o governo anunciou o fortalecimento de estoques reguladores e incentivos à produção de alimentos da cesta básica.

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