Com seu plano de recuperação judicial aprovado em 10 de abril em assembleia de credores, o AgroGalaxy divulga os resultados do 4º trimestre de 2024 reiterando o compromisso de retomar a força da operação de uma das maiores revendas de insumos agrícolas do país. Esse novo ciclo deve ser marcado por alguns pilares que vão nortear a gestão: fortalecimento do relacionamento com os clientes, rentabilidade, geração de caixa e crescimento sustentável da Companhia.
A Agrogalaxy reportou prejuízo líquido ajustado de R$ 292,4 milhões no quarto trimestre de 2024 (4T24), revertendo lucro líquido ajustado de R$ 107,9 milhões reportado no mesmo intervalo de 2023.
A empresa registrou um Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado negativo em R$ 206,3 milhões no quarto trimestre de 2024. Este resultado representa uma significativa deterioração em comparação com o Ebitda positivo de R$ 281,7 milhões reportado no mesmo período de 2023.
A margem Ebitda ajustada também apresentou uma queda acentuada, atingindo -27,8% entre outubro e dezembro do ano passado. Essa cifra representa uma piora de 39,5 pontos percentuais em relação à margem de 11,7% observada no quarto trimestre de 2023.
No quarto trimestre de 2024, a receita líquida da companhia totalizou R$ 741 milhões, um declínio expressivo de 69% em relação aos resultados do quarto trimestre de 2023. Em comunicado, a empresa explicou que “da queda reportada em Insumos, a maior parte foi em fertilizantes (-92%), principalmente devido às restrições impostas pelo advento da Recuperação Judicial, que afetaram as operações de compra e entrega”.
Segundo o executivo Eron Martins, CEO do AgroGalaxy, é nesse contexto de responsabilidade na alocação de capital que a Companhia deve garantir disponibilidade de insumos aos produtores rurais. Para reforçar o caixa, o AgroGalaxy negocia a venda da carteira de recebíveis, com proposta vinculante para a compra de créditos decorrentes da venda de insumos.
No primeiro trimestre, o AgroGalaxy aprovou o grupamento de ações para que cada investidor tenha um múltiplo de 15, evitando fracionamentos. A medida atende as normas da B3, que exigem que os papéis sejam negociados pelo preço mínimo de R$ 1. Na prática, o grupamento viabilizará um mercado secundário mais saudável e justo.