O agronegócio brasileiro, um setor vital na economia e no ecossistema global, desempenha um papel central na COP 28, a 28ª Conferência de Mudanças Climáticas da Organização das Nações Unidas.
De acordo com Rafaela Debiasi, especialista em investimentos para o segmento agro há mais de dez anos, a COP 28 é um fórum global onde os países-membros da ONU debatem estratégias para limitar o aumento de temperatura global a 1,5°C até 2050, em relação às temperaturas da era pré-industrial. “Este evento é crucial para definir ações contra o aquecimento global, e o agronegócio brasileiro está em destaque devido à sua contribuição significativa e potencial para práticas sustentáveis”, afirma.
Segundo a especialista, a importância do agronegócio brasileiro nesse cenário pode ser compreendida através de vários pontos. “O primeiro deles está relacionado ao impacto econômico e à geração de empregos. Em 2022, o agronegócio representou 27,4% do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil, gerando 22,2 milhões de empregos. Esses números refletem a relevância do setor não só para a economia brasileira, mas também para a segurança alimentar global”, explica.
Outro ponto mencionado por Rafaela são as práticas sustentáveis e a produtividade. “O Brasil tem demonstrado um aumento significativo na produção agrícola sem a necessidade de expansão proporcional das áreas de plantio. Por exemplo, a área destinada à plantação de grãos cresceu 81%, enquanto a produção aumentou 433%. Isso indica um ganho de produtividade impressionante, contribuindo para a sustentabilidade”, avalia.
Além disso, a abordagem inovadora de integração Lavoura-Pecuária-Floresta busca neutralizar as emissões de metano através da preservação da vegetação nativa ou de produções agrícolas, demonstrando a busca por soluções sustentáveis no setor, segundo Rafaela. “Outra questão importante é que o Brasil mantém 66% de seu território coberto por vegetação nativa, um indicador relevante da dedicação do país à preservação ambiental e ao equilíbrio entre a agricultura e a conservação. Um dado importante é que 25% dessa área está em propriedades rurais, ou seja, a preservação é feita pelos produtores rurais”, diz.
Finalmente, Rafaela ressalta que o setor agropecuário brasileiro adota técnicas inovadoras, como o plantio direto, o uso de bioinsumos e a fixação biológica de nitrogênio. “Essas práticas não apenas aumentam a produtividade, mas também contribuem para a sustentabilidade ambiental. Além disso, o Brasil tem se destacado nas negociações da COP 28 pela sua ênfase na preservação da Amazônia e no combate ao desmatamento, um elemento chave na luta contra as mudanças climáticas”, reforça.
Segundo Rafaela, a COP 28 representa uma oportunidade significativa para o Brasil demonstrar seu compromisso com a sustentabilidade e a mitigação das mudanças climáticas. “As práticas adotadas pelo agronegócio brasileiro ilustram um modelo potencial de como a agricultura pode contribuir para os objetivos globais de sustentabilidade e segurança alimentar, ao mesmo tempo em que enfrenta os desafios impostos pela crise climática”, finaliza.
Sobre Rafaela Debiasi
Rafaela Debiasi possui vasta experiência no mercado financeiro. Graduada em administração pela Universidade La Salle, Rafaela também possui MBA em Gestão de Pessoas e Liderança, bem como MBA em Gestão de Investimentos. Com mais de uma década de atuação no mercado financeiro, ela liderou áreas dos segmentos PF, PJ e AGRO, além da área de investimentos, na cooperativa Ouro Verde – MT. Atualmente, atua como empresária e palestrante do setor agro.
Sua paixão pelos negócios e sua origem e vivência como filha de produtores rurais deram a ela uma perspectiva única e uma compreensão profunda do setor agrícola. Essa experiência abriu as portas para ser comentarista do agronegócio e de investimentos, sendo amplamente reconhecida no Centro-Oeste brasileiro. Para mais informações entre em contato pelo e-mail, Instagram ou pelo Linkedin.
Imagem: divulgação