A Agropalma apresenta ao mercado o seu novo relatório de sustentabilidade para o biênio 22-23. Apesar das condições climáticas adversas, com baixas precipitações e longa estiagem, o período foi marcado por um desempenho financeiro recorde, com receita de R$ 5,7 bilhões – um crescimento de 54% em relação aos dois anos anteriores (2020-2021).
No período, as seis indústrias de extração da empresa processaram 742 mil toneladas de cacho de fruto fresco (CFF) por ano. Desse total, 24% vieram de parceiros, como agricultores familiares (6,1%) e produtores integrados (17,9%).
Além dos resultados financeiros, o documento detalha os avanços da Agropalma nos aspectos operacionais, ambientais e sociais, incluindo a sua relação com comunidades e colaboradores.
“O período foi excepcionalmente positivo em termos de performance. Também conseguimos engajar novos agricultores familiares e integrar produtores terceirizados em nossa cadeia de suprimentos, assim como inaugurar um laboratório de clonagem de mudas e atingir nossos objetivos de saúde e segurança ocupacional”, explica Túlio Dias Brito, diretor de Sustentabilidade da Agropalma.
Entre as iniciativas da Agropalma para se manter como uma empresa carbono negativo está o lançamento de seu segundo caminhão movido a Gás Natural Veicular (GNV) e a inauguração de uma caldeira de biomassa em sua unidade em Limeira (SP) que marca um passo significativo em seu processo de transição energética ao substituir o uso de gás natural por biomassa de madeira – um combustível renovável e mais sustentável.
Também em sua refinaria de Limeira, a Agropalma investiu em medidas para diminuir a utilização de água e aumentar a recirculação, como a melhoria no sistema de tratamento de efluentes, o que provocou uma redução de 15% em termos absolutos e de 25% em relação à produção. Como parte de uma abordagem proativa em relação à gestão de recursos hídricos, a organização estipulou, em 2024, a meta de utilizar uma tonelada de água por tonelada de CFF processado em uma média móvel de cinco anos.
Fruto de investimentos realizados até 2023, a Agropalma inaugurou, em janeiro de 2024, o laboratório de mudas clonais, o primeiro do gênero a fornecer materiais de plantio de óleo de palma especificamente adaptados ao clima e às condições agrícolas brasileiras. Os materiais de plantio foram selecionados para melhorar a qualidade do produto, encurtar o tempo de colheita, diminuir a necessidade de fertilizantes em até 20% e acomodar a redução nas precipitações. Espera-se que a unidade produza inicialmente cerca de 400 mil mudas no primeiro ano e aumente gradualmente para 2 milhões por ano.
A abordagem da Agropalma à agricultura maximiza os insumos naturais e minimiza o emprego de fertilizantes inorgânicos e pesticidas sintéticos. A empresa fechou 2023 com 4.866 hectares de plantações orgânicas — um incremento de 19% desde 2021. A companhia adota controles biológicos para combater doenças, insetos e fungos. Atualmente, está criando 500 mil lagartas e percevejos que serão liberados com o objetivo de controlar lagartas desfolhadoras.
A Agropalma finalizou o ano de 2023 atingindo a marca de mais de 5 mil colaboradores e se consolidando como o maior empregador de Tailândia. Nos últimos anos, as oportunidades de emprego aumentaram devido à melhoria da manutenção das plantações, reintrodução da coleta de frutos soltos e expansão da produção.
O aumento da força de trabalho veio acompanhado de uma melhora dos indicadores de equidade de gênero da empresa, que passou a enfatizar a diversidade como um critério crítico para admissão. Como consequência, o percentual de mulheres na Agropalma passou de 11% em 2016 para 21% em 2023. No nível gerencial, o dado é ainda mais positivo e alcançou 25% do total.
A Agropalma vem acelerando a integração das mulheres na força de trabalho e promovendo iniciativas de treinamento para a operação de máquinas por elas. Além disso, 50% dos 450 jovens aprendizes são mulheres.
Criado e implementado pela Agropalma desde 2023 em parceria com a Earthworm Foundation Brasil, o Programa SOMAR apoia a formalização de associações, incentiva a expansão da agricultura familiar e promove projetos que reforçam a sustentabilidade. Além do envolvimento das comunidades locais, o SOMAR conta com a participação ativa dos colaboradores da Agropalma. Já são mais de 25 profissionais de diversos departamentos da empresa envolvidos com o programa.