Agropalma reafirma compromisso com práticas de desmatamento zero

Trecho da Reserva Florestal Agopalma - Ponte Agropalma - Rio Acará Divulgação/Agropalma

 No ano da realização da COP30 em Belém (PA), a Agropalma, empresa brasileira reconhecida mundialmente como referência na produção sustentável de óleo de palma, mantém seu compromisso com práticas de desmatamento zero e o combate às mudanças do clima. 

Responsável por uma área de 107 mil hectares na Amazônia, a Agropalma atua na preservação de 64 mil hectares de floresta, lar de vida selvagem e de alguns dos ecossistemas mais extraordinários do mundo, muitos dos quais estão gravemente ameaçados pelo desmatamento, exploração ilegal de madeira e desenvolvimento desordenado. 

Com investimentos anuais de aproximadamente R$ 1,5 milhão em seu programa de proteção florestal, a Agropalma contribui para a preservação de áreas nativas, onde já foram registradas 1.029 espécies de animais, das quais 40 estão ameaçadas de extinção e 11 são endêmicas do Centro de Endemismo Belém (CEB). “Esses dados reforçam a viabilidade de criar valor sem causar destruição ambiental”, afirma Tulio Dias Brito, diretor de Sustentabilidade da Agropalma.

De acordo com professor Marcos Pérsio, do Instituto de Ciência Biológicas da Universidade Federal do Pará (UFPA), a maioria das espécies ameaçadas de extinção se concentra no lado oriental da Amazônia, que abrange os Estados do Pará, Maranhão, Amapá, Tocantins e Mato Grosso. Essa região possui um vasto histórico de degradação e áreas de florestas remanescentes cumprindo um importante papel para a preservação dessas espécies. “Do ponto de vista da conservação ambiental, esses fragmentos de floresta remanescentes são considerados estratégicos para preservação da fauna e da flora locais e a área da Agropalma é extremamente importante para atingir esse objetivo”, diz o pesquisador.

Patricia Medici, cientista e coordenadora da Iniciativa Nacional para Conservação da Anta (Incab) pontua que a cultura perene da palma minimiza o que se chama de efeito de borda nas reservas florestais. “As palmeiras plantadas ao lado das florestas protegem as bordas das matas contra o fogo, ventos fortes, insolação e outros agentes de degradação, assim como diminuem o nível de isolamento da área para algumas espécies da fauna”, explica.

A estratégia de conservação florestal praticada pela Agropalma tem se expandido para além da Amazônia, com o reflorestamento de 2,5 hectares da Mata Atlântica ao redor de sua refinaria em Limeira (SP).

A Agropalma já é referência no setor agrícola no que diz respeito à redução das emissões, e segue implementando ações para promover a sustentabilidade ambiental em suas operações e sequestrar mais carbono da atmosfera do que emitir. “Quando fazemos o balanço de gases de efeito estufa (GEE) calculamos todas as nossas emissões e o sequestro realizados pelas nossas reservas florestais e plantios. A partir daí, chegamos a um resultado de saldo”, detalha Brito. “Portanto, não somos apenas neutros em carbono, somos carbono negativo – um diferencial que vai além da neutralização.” 

Um exemplo recente desse esforço foi o lançamento de seu segundo caminhão movido a Gás Natural Veicular (GNV). A chegada do novo veículo representa um avanço na busca por eficiência energética e redução das emissões de GEE associadas às operações logísticas da companhia.

Outro anúncio de impacto da operação da Agropalma foi a inauguração de uma caldeira de biomassa em sua unidade de Limeira, que marca um passo significativo na transição energética da empresa ao substituir o uso de gás natural por biomassa de madeira – um combustível renovável e mais sustentável. Por ser versátil, o novo equipamento pode queimar cavaco de madeira e outros tipos de biomassa, oferecendo uma alternativa ambientalmente amigável e mais econômica. Além disso, a companhia passou a utilizar energia solar nas vias do entorno de sua fábrica no interior paulista.   

Desde 2002, a Agropalma adota uma política rigorosa de não desmatamento. Isso significa que novos plantios são estabelecidos apenas em terras já degradadas por outras atividades humanas. “Estamos muito orgulhosos de sermos uma empresa com desmatamento zero que efetua um monitoramento constante de seus fornecedores e mantém esse padrão com excelência”, explica Brito. 

Mais do que cessar o desmatamento, a produção sustentável é outra frente de investimento da Agropalma. Uma das iniciativas em linha com esse objetivo é a utilização das BMPs (Best Management Practices, ou Melhores Práticas de Manejo), que tem aumentado a produtividade e diminuído as perdas na colheita. 

A busca por eficiência resultou também na recente inauguração do Laboratório de Mudas Clonais, que já entregou os primeiros lotes de testes e deverá produzir 2 milhões de mudas clonais de palma por ano a partir de 2026. Além disso, com o pioneiro programa de agricultura familiar, 17 produtores locais da Vila Jutaí estão adotando técnicas baseadas em agricultura regenerativa em um consórcio composto por palma e mandioca. 

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