O Brasil apresenta, atualmente, um potencial de produção de biogás bruto de 82,5 bilhões de metros cúbicos ao ano, de acordo com a Associação Brasileira de Biogás – ABiogás. O número considera os setores sucroenergético, saneamento, proteína animal e produção agrícola. Já a produção nacional, chega a 2,89 bilhões de m³, conforme levantamento conduzido pelo Centro Internacional de Energias Renováveis – CIBiogás. Desse total, o maior volume produzido está na área de Resíduos Sólidos Urbanos, através dos aterros sanitários, com 74,2%. Na indústria, alcança 16,2% e na agropecuária 9,53%.
No agro, o biogás é extraído através de projetos de biodigestores, estruturas onde ocorre a “digestão anaeróbia”, uma vez que a decomposição da matéria orgânica precisa ocorrer em ambientes sem oxigênio. Esses projetos existem na suinocultura, bovinocultura, na produção de milho, soja, mandioca, em laticínios e abatedouros, com maior concentração em Minas Gerais, São Paulo e Paraná.
Tiago Nascimento Silva, profissional com mais de 17 anos de experiência em gestão de aproveitamento de biogás e biometano, explica que o potencial é maior na agropecuária. Contudo, os projetos são pequenos e médios e muito pulverizados. “O aumento pode vir com tecnologias que viabilizem projetos pequenos e médios, tropicalização de tecnologia e incentivos do governo”, orienta.
Como fazer
O profissional define que para a instalação de um biodigestor na agricultura o primeiro passo é a viabilidade técnica de se concentrar todo o resíduo somente em um local, ou seja, se o resíduo for espalhado em uma propriedade grande, não será possível. Com este passo resolvido, é necessário estudar o resíduo a fundo, levar amostras em um laboratório para analisar o potencial real e outros fatores, como o blend de resíduo ideal e temperatura do local.
Outro ponto interessante é verificar se na propriedade há uso energético e/ou de calor para melhor aproveitamento do que é gerado. “O uso local é sempre a melhor alternativa, pois se consegue valorizar melhor a molécula produzida de metano, sem ter que transportar ou ter perda energética com longas distâncias”, acrescenta o especialista. Após esses dois passos, é necessário providenciar o Business Plan (BP), ou seja, o estudo de viabilidade do projeto e buscar pela melhor linha de financiamento, se for o caso.
Ele informa ainda que o retorno da extração leva, em média, 18 a 24 meses, contabilizados o estudo inicial, licenciamento, importação e fabricação de equipamentos, montagem e comissionamento.
Geomembranas para a produção de biogás
O principal material utilizado em sistemas de biogás, seja para resíduos sólidos urbanos, indústria ou agropecuária, é a geomembrana, aplicada no revestimento inferior e como cobertura dos biodigestores. Um dos maiores grupos fabricantes de produtos plásticos para o agro, construção e engenharia do mundo, o Grupo Nortène, oferece ao mercado uma linha de geossintéticos recomendada para esse tipo de aplicação.
O material tem excelente resistência química e UV, conta com maior durabilidade mecânica contra levantamento de vento. Além disso tem baixíssima permeabilidade à migração de metano, melhor tensão de tração multiaxial, bem como flexibilidade (para facilitar a instalação, qualidade e velocidade da soldagem) e maior resistência a rachaduras por tensão.
Esta solução tem papel fundamental na contenção do biogás, auxiliando a não contaminação do solo, do lençol freático e também do ar. Sua instalação conta com o acompanhamento técnico da empresa e deve ser baseada na norma ABNT NBR 16199:2020.
Grupo Nortène – Fundada em 1981 e sediada em Barueri/SP, a Nortène é pioneira no fornecimento de: reservatórios de geomembrana, filmes agrícolas, mulching, telas plásticas tecidas, telas plásticas termo-soldadas, silo-bolsa, agro silo tubo Flex-silon, telas tapume e lona para construção. A Nortène contribui também com sua tecnologia exclusiva em plásticos na fabricação e na comercialização dos produtos das empresas: Engepol Geossintéticos, Santeno Irrigação, Tecnofil Soluções em telas e Silox armazenagem.