A Amazon deu o pontapé inicial em sua constelação de internet via satélite nesta segunda-feira (28), com o lançamento do primeiro lote de satélites do Projeto Kuiper. O objetivo da gigante do comércio eletrônico é desafiar o domínio da Starlink, da SpaceX, no mercado de internet espacial.
Um foguete Atlas V da United Launch Alliance foi o responsável por levar ao espaço os 27 satélites do Projeto Kuiper. O nome do projeto é uma homenagem ao Cinturão de Kuiper, região gelada localizada além de Netuno em nosso sistema solar. Após serem liberados em órbita, os satélites alcançarão uma altitude de aproximadamente 630 quilômetros.
A iniciativa, idealizada por Jeff Bezos – fundador da Amazon e atual diretor da empresa de foguetes Blue Origin –, planeja colocar em órbita mais de 3.200 satélites. A meta é oferecer serviços de banda larga rápidos e acessíveis em escala global, ampliando a conectividade em diversas regiões do planeta.
A missão de colocar em órbita os primeiros satélites operacionais do Projeto Kuiper da Amazon sofreu um atraso de mais de um ano. Inicialmente, a empresa planejava realizar o lançamento inaugural no início de 2024.
Analistas apontam que esse início mais lento pode levar a Amazon a solicitar uma extensão do prazo estabelecido pela Comissão Federal de Comunicações (FCC) dos Estados Unidos. A FCC determinou que a empresa implante metade de sua constelação, o que corresponde a 1.618 satélites, até meados de 2026. O atraso no lançamento do primeiro lote pode dificultar o cumprimento desse cronograma.
Em entrevista recente à Reuters, o CEO da United Launch Alliance (ULA), Tory Bruno, revelou que a empresa tem capacidade para realizar até mais cinco missões de lançamento para o Projeto Kuiper da Amazon ainda este ano.
Em um documento protocolado na Comissão Federal de Comunicações (FCC) em 2020, a Amazon indicou que poderia iniciar a oferta de serviços de internet em algumas regiões do norte e do sul do planeta com uma constelação inicial de 578 satélites. A empresa planeja expandir a cobertura em direção à Linha do Equador à medida que mais satélites forem sendo colocados em órbita.