A Ambev (ABEV3), maior cervejaria da América Latina, informou nesta terça-feira que seu Conselho de Administração aprovou o pagamento de um dividendo adicional no valor de R$ 1,8 bilhão, com a distribuição prevista para este mês de dezembro. Com esse anúncio, o total de dividendos declarados e a serem pagos pela companhia em 2025 atinge R$ 13,2 bilhões, conforme comunicado da empresa.
A companhia também detalhou que o montante total a ser distribuído em dezembro alcança R$ 7,2 bilhões, incluindo R$ 5,4 bilhões já previstos e referentes ao lucro do exercício. Em um movimento que visa remunerar os acionistas, a Ambev ainda anunciou o pagamento de R$ 4,2 bilhões em Juros Sobre Capital Próprio (JCP), com a realização prevista para 2026.
Somando os valores declarados ao longo de 2025, a distribuição total (entre dividendos e JCP) da Ambev atingiu R$ 17,4 bilhões no ano. Em ata divulgada mais cedo, a empresa especificou que o dividendo aprovado é de R$ 0,4612 por ação, sendo R$ 0,3459 referente ao mínimo
O terceiro trimestre de 2025 (3T25) da Ambev foi marcado por uma performance que combinou crescimento na receita com a persistência de desafios relacionados aos custos operacionais globais. A estratégia de gestão de preços e a expansão de volume em mercados-chave foram os principais motores para os resultados positivos reportados pela companhia.
No Brasil, o segmento de Cervejas foi crucial, apresentando crescimento impulsionado por um desempenho de volume geralmente positivo, beneficiado por iniciativas comerciais e de marketing. O crescimento do volume foi complementado pela estratégia de premiumização e pela manutenção de preços mais fortes. O segmento de Não Alcoólicos (NAB) brasileiro também manteve uma performance robusta. Internacionalmente, as operações da América Central e Caribe (CAC) continuaram sendo um ponto forte, contribuindo de forma significativa para o resultado consolidado da Ambev no trimestre.
A principal dificuldade enfrentada pela Ambev no 3T25 continuou sendo o aumento do Custo dos Produtos Vendidos (CPV). A inflação de commodities essenciais, como alumínio, cevada e o impacto da volatilidade cambial, manteve a pressão sobre as despesas. Para mitigar esse impacto, a companhia reforçou suas ações de eficiência operacional, focando na otimização de processos e na gestão de despesas, além de repassar parte dos custos através da gestão de receita.









