Americanas desaba 70% após perda bilionária

A varejista teve prejuízo de R$ 1,4 bi no 1º semestre e cancelou as projeções

As ações da Americanas despencaram até 69,70%, atingindo R$ 0,10, na sessão desta quinta-feira (15), após a divulgação dos resultados financeiros e o cancelamento das projeções. Às 11h25 (horário de Brasília), AMER3 registrava uma queda de 66,67%, sendo cotada a R$ 0,11.

A rede de varejo, que protagonizou um dos maiores pedidos de recuperação judicial da história do Brasil, reportou um prejuízo líquido de R$ 1,4 bilhão no primeiro semestre deste ano, uma redução em comparação com o prejuízo de R$ 3,2 bilhões registrado no mesmo período do ano anterior.

Em comunicado divulgado na noite de quarta-feira, a companhia anunciou o cancelamento das previsões de desempenho publicadas no final do ano passado, justificando a decisão pela necessidade de “reavaliar a expectativa de desempenho futuro em razão da divulgação dos resultados”. Nas projeções de novembro, a Americanas previa um lucro operacional medido pelo Ebitda superior a R$ 2,2 bilhões em 2025, com uma dívida bruta entre R$ 1 bilhão e R$ 1,5 bilhão, e alavancagem abaixo de 0,75 vez.

No primeiro semestre deste ano, a Americanas obteve um Ebitda positivo de R$ 1,3 bilhão, revertendo o resultado negativo de R$ 1,185 bilhão registrado um ano antes. As vendas brutas, medidas pelo GMV (Gross Merchandise Volume), caíram 9% em comparação com o primeiro semestre de 2023, totalizando R$ 10,1 bilhões, impactadas pelo segmento digital.

No conceito mesmas lojas, as vendas da Americanas cresceram 19,7%, um aumento que a empresa atribuiu parcialmente à “otimização” do parque de lojas. A Americanas encerrou junho com 1.622 lojas no Brasil, uma redução em relação às 1.803 lojas operadas em 2022 e aos 1.731 pontos de venda em 2023.

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