A Americanas, em recuperação judicial, reportou ao mercado nesta segunda-feira (26) um prejuízo líquido de R$ 4,6 bilhões nos nove primeiros meses de 2023. Os números eram bastante aguardados pelo mercado, que já havia recebido a notícia de adiamento.
O resultado do prejuízo é 23,5% menor na comparação anual. No mesmo período, a companhia registrou um Ebitda negativo em R$ 1,558 bilhões, sendo uma perda de 21,3% em um ano. A companhia reforça que, mesmo após os escândalos, a transformação iniciada por eles permitiu identificar, nestes nove meses de 2023, alguns “primeiros resultados significativos”.
De acordo com o documento, o endividamento da companhia também se manteve estável, ainda em patamares altos, mas com tendência de relevante redução uma vez que tenha início a execução do Plano de Recuperação Judicial. As dívidas líquidas somaram R$ 33,443 bilhões, representando um aumento de 10,6% na comparação com setembro de 2022.
No entanto, a empresa acredita não ter sido suficiente para reverter o cenário de elevado endividamento familiar, inadimplência do consumidor e concessão de crédito restrita, e que este cenário afetou diretamente o desempenho de vendas do setor varejista no país. “Além disso, a Americanas viveu o evento mais adverso de sua história quase centenária, o pedido de Recuperação Judicial, que impactou significativamente a Companhia e alterou o curso dos negócios”, aponta o documento.