As projeções para a inflação nos próximos anos sofreram ajustes para cima, conforme dados divulgados no Relatório Focus do Banco Central nesta segunda-feira (13). A estimativa para a inflação de 2025 foi revista de 4,99% para 5,00%, enquanto a previsão para 2026 subiu de 4,03% para 4,05%.
Já a mediana para taxa básica de juros (Selic) ficou estável em 15% neste ano. A previsão para o dólar em 2025 permaneceu em R$ 6,00, enquanto a projeção do PIB ficou em 2,02%. Para o fim de 2026, a projeção para a taxa Selic foi mantida em 12% ao ano, sugerindo que os analistas esperam uma redução gradual nos juros à medida que o controle da inflação se estabiliza e a economia ganha tração.
Com o estouro da meta de inflação de 2024, o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, enviou uma carta ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, na semana passada, explicando que o aumento da inflação foi provocado por três fatores principais: a forte atividade econômica, a desvalorização do real e os extremos climáticos.
A projeção do mercado para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2025 foi mantida em 2,02%. Esse aumento na expectativa de crescimento aconteceu após a divulgação dos dados do PIB do terceiro trimestre pelo IBGE, que registraram uma expansão de 0,9%.
A projeção para o saldo da balança comercial em 2025 foi reduzida, passando de um superávit de US$ 74,2 bilhões para US$ 73,9 bilhões. Para 2026, a expectativa de superávit também foi revista para baixo, de US$ 78 bilhões para US$ 77 bilhões.
Apesar dessa redução nas estimativas para a balança comercial, a previsão para a entrada de investimentos estrangeiros diretos no Brasil em 2025 foi mantida em US$ 70 bilhões, e para 2026, a estimativa continuou em US$ 75 bilhões.