A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) autorizou um reajuste médio de 2,02% nas tarifas da Copel Distribuição, conforme comunicado divulgado pela companhia nesta quarta-feira (18).
O aumento é resultado de diferentes fatores. A chamada “Parcela A”, que engloba custos com encargos setoriais, transporte e energia, teve uma elevação de 4,30%. Este aumento foi impulsionado, principalmente, pelo crescimento de 5,79% nos encargos setoriais, com destaque para a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE).
Essa alta foi parcialmente compensada por uma redução de 2,46% nos custos de transporte. No componente financeiro do processo tarifário, a Aneel considerou a devolução de aproximadamente R$ 864,5 milhões, referentes a créditos de PIS/Cofins.
Já a “Parcela B”, que inclui custos operacionais, remuneração e depreciação, contribuiu com 1,27% para o efeito médio do reajuste. Este componente refletiu a alta acumulada de 5,44% do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), além de outros fatores como o “Fator X” (-0,03%) e o abatimento de receitas adicionais.
A Copel anunciou um investimento recorde de R$ 2,5 bilhões em 2025 para aprimorar a confiabilidade e a disponibilidade de energia em todo o Paraná. Este montante representa um aumento de 19% em relação aos R$ 2,1 bilhões investidos no ano anterior, que já era o maior valor registrado pela companhia.
O aporte em infraestrutura corresponde a 82,5% do plano de investimentos total do grupo Copel para este ano, que soma R$ 3 bilhões. Os recursos estão sendo destinados a obras de melhoria na rede elétrica de alta e média tensão.
Até o final do segundo semestre, a Copel planeja colocar em operação 19 novas subestações, além de expandir as redes de distribuição em áreas urbanas e rurais. Outro destaque é a fase final do programa Paraná Trifásico, que prevê a implantação de 25 mil quilômetros de rede elétrica mais potente e confiável para fortalecer o setor produtivo no campo. Desse total, 22 mil quilômetros já foram concluídos.
Segundo o diretor da Copel Distribuição, Marco Antonio Villela, os investimentos incluem a instalação de novos equipamentos e a expansão das redes. Entre as tecnologias implementadas, destacam-se os religadores automáticos, que têm a capacidade de identificar e isolar automaticamente curtos-circuitos em linhas de distribuição, minimizando as interrupções de energia em grandes áreas.
“O investimento em tecnologia está no pacote de intervenções estratégicas da Copel para garantir maior estabilidade e qualidade da distribuição da energia ao cliente final”, afirmou Villela.