As empresas de petróleo e gás que atuam no Brasil devem injetar cerca de R$ 17 bilhões em campos de exploração terrestre. A cifra bilionária é resultado da prorrogação de 139 contratos que se encerrariam em 2025, conforme comunicado da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) nesta terça-feira.
O plano de investimentos, que foi aprovado pela ANP em agosto, tem como principal meta elevar a capacidade de produção desses campos, além de garantir a continuidade das operações. Segundo a agência, a medida vai trazer um aumento de produção, geração de empregos e mais arrecadação para o país, reforçando a segurança energética.
Os projetos prevêem a perfuração de 2.115 novos poços, o recondicionamento de outros 5.546 e a intervenção em 1.039 já existentes. O objetivo é aumentar o fator de recuperação de petróleo de 22,56% para 26,34%, e o de gás natural de 40,06% para 65,33%.
A ANP estima que os investimentos adicionais resultarão em aproximadamente 600 milhões de barris de petróleo extras e cerca de 72 bilhões de metros cúbicos de gás.
Os contratos prorrogados têm origem na chamada Rodada Zero, realizada em 1998, que marcou o fim do monopólio da Petrobras no setor. A partir desse momento, outras companhias passaram a poder explorar e produzir petróleo e gás no país, expandindo o mercado e a concorrência.
Embora o volume de investimentos em campos terrestres seja expressivo, a maior parte dos aportes no setor continua concentrada na produção em alto-mar, que é mais volumosa no Brasil.