A Apple anunciou seus aguardados novos recursos de inteligência artificial, incluindo ferramentas suportadas pelo ChatGPT, da OpenAI, prometendo entregar tecnologia personalizada, segura e profundamente integrada ao software da fabricante do iPhone.
A plataforma, chamada “Apple Intelligence”, auxiliará na síntese de textos, na criação de imagens originais e na recuperação dos dados mais relevantes quando os usuários precisarem, afirmou o vice-presidente sênior Craig Federighi, durante a Conferência Mundial de Desenvolvedores anual da empresa. Além disso, a gigante da tecnologia revelou novas versões de sistemas operacionais para iPhone, iPad e Mac.
A parceria com a OpenAI permitirá que os clientes da Apple acessem o ChatGPT por meio da assistente digital Siri, sem custo adicional. Esses recursos estarão disponíveis para os usuários por meio de um teste beta no final deste ano, com alguns recursos previstos para chegar em 2025, conforme mencionado por Federighi, que descreveu a iniciativa como “IA para o resto de nós”.
O CEO da OpenAI, Sam Altman, esteve presente no evento na segunda-feira (10) e expressou sua satisfação por se unir à Apple, compartilhando sua empolgação nas redes sociais.
A conferência da Apple foi utilizada para apresentar versões atualizadas de todos os seus sistemas operacionais, mas os detalhes sobre inteligência artificial eram o que os investidores e usuários estavam mais ansiosos para ouvir. A empresa está buscando recuperar o terreno perdido na indústria de IA generativa, onde empresas como Google, da Alphabet e Microsoft têm feito grandes avanços.
A Apple teve uma liderança inicial em IA depois que lançou a assistente de voz Siri em 2011, mas a tecnologia foi rapidamente ultrapassada pela Alexa da Amazon. Então, a IA deu outro salto gigante quando o ChatGPT da OpenAI chegou no final de 2022. O CEO da Apple, Tim Cook, está agora sob pressão para mostrar que a fabricante do iPhone pode liderar novamente. A empresa também enfrenta uma queda mais ampla nas vendas. A receita caiu em cinco dos últimos seis trimestres diante da lenta demanda por smartphones e uma desaceleração na China.